Como vai ser 2015?

Nuvens negras. Nuvens muito negras pairam sobre o nosso velho país. Como se não bastasse uma economia débil e estagnada, abate-se sobre nós o inacreditável escândalo do BES/GES e o novo problema da Portugal Telecom. De dois grupos até há pouco considerados emblemáticos na economia portuguesa, um implode e o outro sofre um rombo enorme. Do grupo BES/GES foi assegurado inicialmente pelo governo que não haveria dinheiros públicos envolvidos e que, por isso, os contribuintes não seriam chamados a suportar custos. Vislumbra-se agora um recuo, pois haverá com toda a certeza auxílios do Estado a considerar. Este é um caso típico de imoralidade cujos custos acabarão por recair em cada um de nós. Tal como foi o caso do BPN, cujos responsáveis, quase todos ligados à política, acabou por lançar um anátema, de certa forma injusto, sobre todos os políticos. Já a PT, empresa considerada modelo de telecomunicações a nível internacional, e que se projetava a outros e mais altos patamares com a (fracassada) fusão com a brasileira OI, acaba por sucumbir devido a uma operação ruinosa envolvendo justamente o grupo BES/GES.
De tudo isto ressalta a consideração de estarmos perante grandes imoralidades e de grandes incompetências. Imoralidades dos ricos gestores que delapidaram o que não lhes pertencia e incompetências de quem tinha a obrigação de velar pelo cumprimento correto das regras e não “viu” nada. Mas há um outro aspeto a considerar: a impunidade. A experiência diz-nos que toda esta gente vai ficar impune. Veremos…
Logo, 2015 e os anos seguintes vão ser, de novo, anos de sacrifício para o povo português. E não é de excluir que venha aí mais um resgate. É uma hipótese muito provável, dizia-me há poucos dias um economista, considerado um dos gurus da nova geração. Como diz o povo: “uns comem e os outros pagam”. Pobre Portugal, o que gente gananciosa faz de ti.

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