Crónica de viagem pela América III (Final)

Foto por Pedro Santos

Destino IV: Santiago do Chile, Chile

O Chile é um pais com uma história recente conhecida e como se sabe difícil. As ditaduras ferem os povos, nós os portugueses, também sabemos sobre isso e de facto existe na capital do Chile aquele olhar humano com passado vivido, que contrastando com um planeamento quase organizado e com uma intensa luz que envolve a cidade de Santiago.

Ao mesmo tempo Santiago do Chile é envolta numa contagiante energia positiva e de inovação. Pela sua natureza geográfica, o Chile tem uma grande distância de norte a sul e por isso é essencial a forma como se gerem as suas frotas de distribuição e a logística de produtos dos mais essenciais aos menos, mas pareceu-me ser efetuado com eficácia.

Os chilenos gostam de fazer pontes com quem os visitam e sabem que quem vai ao Chile, vem do propósito e não de passagem e por isso recebem-nos bem. Senti de alguma forma uma certa contenção emocional quase à semelhança de Portugal, o ser reservado nem sempre é sinónimo de não se ser simpático.

Nestes dias em que estive em Santiago, sentiram-se vários abalos sísmicos que trouxeram alguma insegurança nas populações. No entanto, quem vive em zonas de sensibilidade sísmica parece gerir a situação com uma certa serenidade e calma enormes.

 

Destino V: São Paulo, Brasil

Cheguei a São Paulo na quarta-feira de cinzas! Surpresa… O trânsito fluía e os restaurantes estavam praticamente vazios e os foliões estavam a descansar, só poucos tinham voltado ao trabalho. Esta cidade, onde já fui várias vezes, explode de energia, de pessoas e de carros no seu estado de normalidade.

O Brasil recebe bem os portugueses que venham a passeio ou a negócios. Os paulistas querem ser a «cidade cosmopolita» da América do Sul e, de uma certa forma, são-no, mas ao mesmo tempo há uma forma de ser e estar, uma informalidade, um jeitinho de sabor tropical que nos faz lembrar frequentemente que estamos no Brasil.

Os brasileiros são deslumbrados pelo “primeiro mundo” como eles próprios referem e só o que é importado é que tem valor acrescentado. Este conceito, que ainda há poucos anos, em Portugal, era uma realidade, é também uma oportunidade para o desenvolvimento de negócios, pois existe uma apetência grande para produtos estrangeiros e uma população com um crescente poder de compra que pode ser um alvo para empresas e produtos. São Paulo é uma cidade de negócios e tem uma atividade cultural riquíssima a nível de exposições, museus, arquitetura e gastronomia, claro!

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