Fornos da Cal de Pataias

Embora não seja conhecida a data da instalação dos primeiros fornos, deverão ter surgido no séc. XIX, onde já desempenhavam um papel importante na industrialização de Pataias. Alcobaça é no início da segunda metade do séc. XIX, o concelho do distrito que mais fornos possui em laboração, onde se contabilizam 22. Seguramente que a inauguração da rede férrea – linha do oeste – em 1888, veio dar um novo rumo à indústria de cal em Pataias. A pureza da pedra calcária, a abundância de material lenhoso e a linha férrea para escoamento do produto final eram características únicas, que permitam o crescimento abrupto da indústria de cal.
No entanto, devido à clandestinidade que a indústria vivia no séc. XIX, apenas foi possível descobrir um licenciamento relativo à laboração de um forno duplo de cal em 1909, propriedade de Manuel Serrano de Figueiredo, que terá sido o grande impulsionador da indústria de cal.
Sem a sua iniciativa, a indústria de cal em Pataias não passaria de rudimentares experiências nem teria alcançado o desenvolvimento que alcançou. À sua iniciativa e persistência se devem o desvio e apeadeiro do caminho de ferro.
As vagonetes, depois de carregadas eram empurradas pelos homens até ao forno. Tarefa esta possível devido ao desnível do terreno. De salientar ainda, que devem aos Irmãos Serranos o planeamento e fundação da “Empreza Vidreira de Pataias”.
A altura média dos fornos de cal de Pataias oscila entre os 4,5 e 6 metros. A largura da base situa-se entre os 3,7 e os 4,6 metros. A largura da abertura superior é um pouco menor do que a da base. A atividade chegou a ter uma grande importância para a economia local.
O último forno em atividade, na região, deixou de laborar no dia 30 de junho de 1995.

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