S. Martinho. Sobre-exploração põe em risco a apanha de algas

Foto por Catarina Reis

“Tenho dúvidas que, a verificar-se o que tem acontecido até agora, as algas estejam em condições de serem apanhadas no próximo ano”. O alerta é dado por Luís Marques, 59 anos, um dos dois principais concentradores da apanha de algas em São Martinho do Porto. Desde os 12 anos que se dedica a esta vida, ele e toda a família: pais, filhos e irmãos. Famílias que estão preocupadas com o excesso de exploração deste recurso, colhido anualmente de 15 de julho a 15 de novembro, assim as condições do mar o permitam.
É pelas oito da manhã que se fazem ao mar e começam a colher este «ouro» avermelhado; depois, quando o saco está cheio, é levado para bordo e voltam ao mergulho, passando cerca de 6 a 7 horas dentro de água. Em média, cada mergulhador apanha por dia cinco a sete sacos, que pode ir dos 700 aos 1500 quilos. Algas que são depois levadas para os «estendais», os campos dos concentradores, e espalhadas o mais possível para que sua secagem possa ser rápida mas uniforme. Neste processo, vão sendo viradas para secar dos dois lados. Um trabalho duro, atualmente menos violento graças à ajuda dos tratores e das máquinas mas que, ainda assim e em dias de calor intenso, implica uma prolongada exposição ao sol.
“A alga de S. Martinho do Porto – gelidium sesquipedale – é considerada cientificamente como uma das melhores do país”, garante Mário Pedro, de 50 anos, natural de Peniche, a residir em Vila Franca do Campo, nos Açores, mas que durante o período da apanha está em São Martinho do Porto.

(Saiba mais na edição em papel e digital de 6 de outubro de 2017)

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