Telma Coutinho participa na Gala Sem Preconceito

Nasceu na Burinhosa há 32 anos. Foi sempre tímida e acreditava que “coisas más só aconteciam aos outros”. Mas, um dia, a vida de Telma Coutinho sofreu um revés que a “ensinou a encarar esta passagem pela Terra de forma diferente”. Em maio do ano passado, a jovem burinhosense aproveitou o dia para ir à praia com uma amiga. Lá sentiu fortes dores no peito e alguma dificuldade em respirar. Os sintomas arrastaram-se por vários dias e Telma decidiu dirigir-se ao Hospital de Alcobaça. Uma, outra e outra vez. Sempre sem respostas clínicas que menorizassem as suas dores e com uma bateria de medicamentos. Em agosto, dirigiu-se ao Hospital de Leiria, onde obteve o veredicto arrasador: tinha um linfoma de nível 1 nos pulmões. Seguiu-se um internamento de um mês e várias sessões de quimioterapia. E muitas perguntas. “Porque tinha que acontecer a mim?”, questionava vezes sem conta. A si e a Deus, o mesmo Deus que – mais tarde – lhe trouxe paz e tranquilidade. “Agarrei-me à fé que encontrei na Igreja”, confessa Telma, assumindo que “ando mais em baixo se passar tempo sem ir à missa”. Mas apesar da fé, a realidade custou a encarar. O cabelo começou a cair e Telma rapou-o por completo. Para ajudar a ultrapassar os efeitos da quimioterapia, Telma experimentou a medicina chinesa, com bons resultados. E aprendeu a viver um dia de cada vez. “Aprendi a ouvir mais as pessoas e descobri a verdadeira importância da minha vida”, assume.
E porque “o problema pode afetar qualquer um”, a burinhosense quis conhecer a história de vida de outras mulheres que dormem com um monstro à cabeceira: o cancro. “Ninguém merece esta doença”, desabafa, pois “perdem-se os sonhos com esta realidade”.

(Saiba mais na edição em papel e digital de 9 de fevereiro de 2017)

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