A força de um discurso

Notável peça de oratória. O discurso do Cardeal D. Tolentino Mendonça, no dia 10 deste mês, tem de tudo: história, filosofia, poesia, teologia… Já tive oportunidade de aqui expressar a minha admiração por este vulto da Igreja, quando recebeu o barrete cardinalicio das mãos do Papa Francisco. Senhor de uma cultura invulgar e de uma simplicidade franciscana, D. Tolentino Mendonça voltou a impressionar pelo conteúdo humanístico do seu discurso no dia de Portugal, de Camões e das Comunidades. Temas como Raízes, O que é amar um país, Fortalecer o pacto intergeracional, entre outros, provocaram reacções gerais de admiração. Curioso, quando D. Tolentino Mendonça afirma: “Quando tomei posse como arquivista e bibliotecário da Santa Se, uma das referências que quis evocar foi a da minha avó materna, uma mulher analfabeta, mas que foi para mim a primeira biblioteca.” É trechos de requinte como estes: “Não há viagem sem tempestades, não há itinerário histórico sem crises.” E ainda: “A poesia é um guia náutico perpétuo, é uma cosmografia da alma.”
Não há dúvida: são homens como D. Tolentino Mendonça que acrescentam grandeza à Igreja.

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