Alcobaça milenar

O lugar de Alcobaça e o seu castelo têm mais de mil anos.
O Mosteiro ainda não alcançou nove séculos. No Castelo de Alcobaça houve, pelo menos desde esse período, um Senhor Muçulmano que dominou e geriu o lugar de Alcobaça, as terras do vale dos rios e o pescado do braço do mar que ficava a dois passos do Castelo construído na meia encosta. Poder-se-á talvez imaginar que em meados do séc. IX barcos Normandos roçaram estas terras de Alcobaça. Mas esta é só uma boa fantasia. Perante o esforço cristão, o Papa Leão X reconhece a liturgia visigótica que fora guardada pelos Moçarabes (cristãos em terras Muçulmanas da Península Ibérica) e agora se podia expressar com maior veemência. Alcobaça e suas terras terão, por ventura, feito parte de uma ou outra maneira deste vai vem militar com as desgraçadas consequências que pessoas e bens arrostavam sob estado de guerra. Complicando a vida no litoral há de novo uma série de ataques Normandos na década 60 do séc. X. Nesta longa história de alternância politica e militar, considere-se a data de 1063, um sinal de estabilidade territorial no centro norte Peninsular. O Papa Alexandre II tem condições nesse ano para pregar entre a nobreza a primeira cruzada. Sete anos depois deste apelo é sagrada de novo, a Sé Episcopal de Braga. No ano de 1073 em pleno esforço cluniacense Afonso VI é Senhor de Leão, Castela, Galiza e Terra Portucalense. A sociedade norte ibérica ocidental “consolida” agora o seu espaço político enquanto Gregório VII pede à Europa uma reflexão sobre o evangelho e história das origens cristãs resolve a questão das investiduras instituindo a Reforma Gregoriana. Em 1075 é fundado o Mosteiro de Molésme, em 1084 a grande Cartuxa de Grenoble, que ainda hoje existe com prática de rigorosa observância. Em 1088 o Abade Hugo inicia a construção de Cluny que virá a ter no seu máximo povoamento três centenas de Monges. Em 1090 nasce em Les Dijon, na Borgonha, o cavaleiro Bernardo de Fontaine, o futuro santo da Igreja e recetor da carta de doação das terras Mouras de Alcobaça do Garbe Ocidental escrita por D. Afonso Henriques e sua mulher a Rainha D. Mafalda.

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