Aníbal Freire. “Alcobaça vai ser palco de um evento cultural de enorme prestígio”

Catarina Ferreira Reis
Jornalista

A 28.ª Semana Internacional do Acordeão “Alcobaça 2025”, que se realiza de 10 a 18 de maio, trará a esta cidade alguns dos melhores acordeonistas do mundo, como tem acontecido ao longo de 28 anos. Aníbal Freire é o responsável por este que é um dos mais antigos e prestigiados eventos em Portugal. Em conversa com O ALCOA faz um balanço destes 28 anos e desvenda o que nos traz a edição deste ano.

Como nasce a ideia da Semana Internacional do Acordeão?
A iniciativa surgiu há cerca de 28 anos.
Fui eu mesmo que iniciei este evento, novidade absoluta em Portugal.
Queria que Alcobaça fosse o berço de um evento que trouxesse os melhores concertistas do mundo, que proporcionasse as melhores master classes do acordeão e que realizasse, também, um Troféu Nacional e, mais tarde, um Concurso Internacional de Acordeão.

Que balanço faz destes anos?
O balanço é mais que positivo. Fantásticos concertos com salas cheias de público entusiasmado. Apresentação de dois estilos que o acordeão nos pode proporcionar: popular/ligeiro e clássico. Foram levados a efeito cerca de: 120 concertos (com entrada gratuita); 27 troféus nacionais; oito concursos internacionais; 60 master classes de acordeão.
Passaram por Alcobaça os melhores acordeonistas do mundo, tanto na área ligeira como na área clássica.

O que tem de tão especial o acordeão?
O acordeão é o instrumento musical mais recente. Começou com um pequeno protótipo por volta de 1829. Tem a capacidade de se auto-acompanhar, pelo que não necessita de outros instrumentos para levar a efeito um concerto completo (tal como o piano e o violino, por exemplo). É um instrumento musical multitímbrico. Costumo dizer que é um «camaleão sonoro», tal a versatilidade sonora que proporciona ao acordeonista. É um instrumento polifónico que me permite tocar repertório de todas as épocas da história da música, da época Barroca à época Contemporânea. Podemos tocar peças de Bach, Scarlatti, Haydn, Mozart, Beethoven, Strauss, Brahms, Sofia Gubaidulina, etc. É portátil e o único instrumento que se pode considerar estéreo. Sim, é estereofónico porque possui duas «caixas», onde é produzido o som. Uma delas projeta o som produzido pela mão direita e na outra «caixa» o som é produzido pela mão esquerda. Se não é um instrumento musical especial e «radical» o que é então? O tempo do acordeão está a fazer-se, a pouco e pouco. Virá o dia em que será tratado com o respeito que todos os instrumentos musicais merecem!

Saiba mais na edição impressa e digital de 24 de abril de 2025

Catarina Ferreira Reis
Jornalista

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