No coração de Coz, a preservar as tradições e o património, juntando o artesanato, a ruralidade e o turismo, com os olhos postos na sustentabilidade, assim nasce o projeto Coz ART. Uma iniciativa do Centro de Bem-Estar Social de Coz, que está a assinalar dez anos. Um aniversário cimentado com as raízes do passado e do presente e com olhos postos no futuro. É com este «pensamento» que se tece esta história. Uma história feita com alma e amor que abre caminho a outros horizontes. Parabéns Coz ART!

Um projeto com alma e amor tem colocado Coz no coração de quem por ali passa. É precisamente isso que «colhe» o projeto Coz ART do Centro de Bem-Estar Social de Coz, que este ano assinala dez anos de existência. Um projeto que junta o artesanato, a ruralidade e o turismo – três eixos que procuram conduzir o centro no caminho da sustentabilidade e que agregam as visitas ao Mosteiro de Santa Maria de Coz e a arte de tecer o junco (um ofício ancestral da região). Ofício que se reinventou, apresentando produtos como as «famosas» ceiras de Coz, o mais tradicional, mas também com tudo o que se possa fazer com o junco, por exemplo, malas ou interpretações mais modernas, incluindo abat-jours. Peças feitas à mão e únicas, não há uma igual. A abraçar este projeto desde o início está Eurico Leonardo, é ele que, com este amor pela arte de tecer o junco que lhe foi transmitido pela mãe, dá vida e alma a este legado, que lhe está no sangue e que corre o risco de desaparecer. É com emoção que recorda a sua mãe, os sacrifícios que viveu, de quem não teve vida fácil. Fá-lo reconhecendo as mãos que «tecem» coisas extraordinárias, “numa arte que não foi e que não continua a ser convenientemente valorizada”. É precisamente isso que se tenta fazer ali no antigo Lagar das Monjas, onde atualmente trabalham quatro artesãos. Além de Eurico Leonardo, de 71 anos, que orienta, coordena e dá formação e os restantes artesãos, José Fernando, de 65 anos, Titus Irura, de 46, e Salomé Vieira, de 68. Fazem ainda parte da equipa Alda Gomes, de 64 anos, diretora técnica, e Ana Paula Pires, de 40 anos, educadora social, do Centro de Bem-Estar Social de Coz.

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