Com os acontecimentos de Domingo passado, o Patriarcado de Lisboa está hoje mais rico. Foi imposto o pálio sobre D. Rui Valério e tiveram lugar as ordenações episcopais de D. Nuno Isidro Cordeiro e de D. Alexandre Palma, os quais se tornam assim bispos auxiliares da Diocese.
Na presença de centenas de fiéis, diáconos e sacerdotes e de uma boa parte dos bispos portugueses, a celebração de dia 21 de julho, na Igreja do Mosteiro dos Jerónimos, foi o melhor momento possível para D. Rui receber o pálio de arcebispo. Trata-se de uma insígnia feita em lã de cordeiros brancos e benzida antecipadamente no dia de Santa Inês, 20 de janeiro. D. Rui recebeu-o, no passado dia 29 de junho, no Vaticano, das mãos do Papa Francisco. Foi então na celebração de Domingo que o núncio apostólico D. Ivo Scapolo, lhe impôs tal insígnia. Assente sobre a casula, simboliza o desejo do Pastor de procurar as suas ovelhas, sobretudo as mais perdidas, e as trazer aos ombros. O pálio traz em si várias cruzes bordadas, que recordam a entrega até ao fim por amor do povo. Há-de ser essa mesma doação de si que hão-de viver os dois novos bispos auxiliares. D. Nuno Isidro tem sido vigário geral do Patriarcado e tem servido os Seminários na missão de diretor espiritual. D. Alexandre Palma é o atual vice-diretor da Faculdade de Teologia, na Universidade Católica Portuguesa, e formador no Seminário dos Olivais. D. Rui Valério, na homilia que proferiu, propôs aos ordinandos que, ao contemplarem em cada revisão de dia a missão vivida, não tivessem tanto em conta o que fizeram, mas antes o que foram. Sinal de Jesus, o Bom Pastor. No final da celebração, os dois presentearam-nos com breves palavras. Sobressaíram as palavras “bênção” e “gratidão”. Ambos frisaram a importância que tiveram no seu percurso as suas paróquias de origem, os seus párocos, a sua família, os seus amigos. Na história com Cristo, não vamos sós. Temos uma multidão de gigantes que nos leva aos ombros.
Com tantos dons que tem recebido do Céu, o Patriarcado de Lisboa tem tudo para viver este verão com um entusiasmo expectante. Grandes coisas hão-de esperar-nos no próximo ano pastoral. Parabéns a todos nós! Bem-haja aos nossos bispos!