As “Gotas de Imaginação” e as “Mulheres Coragem” de Rosa Mira

“Uma novela que se lê numa tarde de sol “, ou uma coleção de poemas, “que pode durar um dia”. Assim se podem resumir as duas propostas literárias que Rosa Cristina Mira Pereira, conhecida carinhosamente por Rosa Mira, levou recentemente à estampa: a novela “Mulheres Coragem” e poesia na obra “Gotas de Imaginação”.
À conversa com O ALCOA, Rosa Mira, natural de Capelins, Alandroal, onde nasceu em 1946, conta que o gosto pela escrita vem desde muito pequena: “mais ou menos aos nove anos, quando andava na quarta classe”. Nas palavras da autora, aposentada dos CTT, “sempre tive muita imaginação e vontade de passar para papel o que via, o que sentia, tudo o que pudesse servir de ponto de inspiração”, reforçando que “ainda hoje assim é”. Rosa Mira confessa que, muitas vezes, em casa ou quando vai em viagem, se num momento se lembra de algo, logo puxa pelo caderninho e anota, embora admita que, “por vezes, também estou alguns dias sem escrever”. Em Alcobaça há 47 anos, a primeira publicação em que participou foi em conjunto com familiares no livro “Memórias de Capelins, três gerações de poetas”. Depois, ao longo da vida, outros se seguiram, entre eles as colectâneas “Perdidamente” e “Entrelinhas”, “4ª Antologia de Poesia”, “Fã Clube”, “Fusão de Sentires”, “Poemário 2017”, “Escrever Alcobaça” e a colaboração na Exposição “Vamos Fotografar um Poema”, pelos Amigos das Letras, grupo alcobacense que integra. Para além destas participações, recebeu também alguns prémios, os dois primeiros aos 14 anos, com poemas dedicados a D. Nuno Álvares Pereira e ao Infante D. Henrique, e mais tarde alguns prémios dos jogos florais e também menções honrosas. Caracterizada por ter uma poesia com algum rigor técnico, Rosa Mira garante que é “algo intuitivo”, já que gosta “dos poemas que rimem, que tenham melodia”.
Nesta arte, “ler ajuda muito e isso é algo de que gosto desde pequena”. Hábito que também contribuiu para o seu amor pela escrita, que gosta de partilhar: “quando partilhamos os poemas, eles deixam de ser nossos, mas isso é bom”, conclui a poetisa. Simpatia e partilha patentes nestes seus novos livros, dois géneros diferentes. Uma novela que fala das mulheres e uma colectânea de uma centena de poemas intitulados “Gotas de Imaginação”. Propostas que nos levam para uma viagem de novos horizontes, oferecidos pela imaginação e talento da “Rosinha”.

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