Um lugar para se viver com qualidade de vida, onde também existe uma família, que cuida e nos mima, na solidão da vida. Os lares de terceira idade ou residências de idosos podem ser um novo começo, em que ainda há tanto para viver e partilhar. Histórias como a de Esmeralda Gomes Silva, de Luísa Cordeiro Catarino ou de Maria Lisete Pires dos Santos. Três utentes do Lar Residencial da Santa Casa da Misericórdia de Aljubarrota, com vidas inspiradoras que partilham a sua história e a sua vivência. Rostos e vozes que O ALCOA vai mostrar nesta nova rubrica “As Vidas e as Histórias que «Moram»…”.
Esmeralda Gomes Silva
Esmeralda Gomes Silva nasceu na Castanheira, na União das Freguesias de Coz, Alpedriz e Montes. A arte de fazer as famosas cestas da Castanheira, a agricultura e a apanha da fruta foram algumas das tarefas que abraçou. Trabalhos nos quais a profissão de cesteira mais se destacou, conforme revela: “foi ofício que me deu cabo da coluna e dos dedos”.
Desses tempos, nota que fazia as ceiras, as esteiras, tudo em junco e cozia-as com uma agulha, “só nunca fui capaz de fazer as asas e tenho pena”.
Com 85 anos, Esmeralda vive na misericórdia de Aljubarrota há já cinco anos, após uma queda, que a levou a ser internada três meses, com fratura do crânio e do braço. Anteriormente, residia na Cumeira de Baixo, em Aljubarrota. Divorciada e com dois filhos, um filho de 62 anos e uma filha de 56, a residirem na Suíça e na Alemanha, assume-se uma pessoa feliz. “Vive-se bem no lar”, diz com essa simplicidade que a caracteriza, explicando que há de tudo, “mas eu dou-me bem com toda a gente, tenho boas amigas, que gostam de mim e eu delas e gosto deste lugar”. Uma forma de estar onde, no meio das rotinas, o estar quieta não existe. Por isso, é vê-la por ali a ajudar na cozinha, a realizar trabalhos manuais, a participar nas atividades.
Sempre com um sorriso no rosto e um brilho no olhar cheio de vida.
(saiba mais na edição de 11 de julho)