A inspiração marcada pela terra e pelos rostos de olhos postos no mar define o trabalho que Bruno Cardoso, um jovem artista nazareno de 36 anos, está a dar vida no seu ateliê. Ali, onde viveram os seus avós e tios avós, no Sítio da Nazaré, lugar cheio de memórias e de histórias, desses tempos duros da faina do mar. Experiências que Bruno Cardoso não viveu mas que lhe foram transmitidas e que passa para a sua arte. É neste lugar inspirador que prepara pinturas em acrílico de “rostos de homens e mulheres e expressões tipicamente da Nazaré, com o olhar preso no horizonte, que fazem parte desta terra de mar”, que poderão ser apreciadas, a partir de 9 de abril e até quase final do mês, na Galeria Paulo Girol, na Biblioteca Municipal da vila.
Por detrás de cada traço que vai delineando nessas telas revestidas a pano-cru, há uma intensidade marcante, naquilo que parece ser uma nostalgia poética, onde cada história ganha vida e cor, depois de captada através das fotografias que servem de base ao trabalho que desenvolve.
“Esta é a minha primeira exposição oficial: estou a trabalhar para realizar 15 telas, vamos ver se vou conseguir”, conta o artista que desde pequeno tem “este bichinho do desenho”.

(Saiba mais na edição de 23 de março de 2017)