A Igreja Católica em Portugal está a celebrar a “Semana da Vida 2021”

De 9 a 16 de maio, o convite é “cuidar” dos outros, com o lema da Semana da Vida deste ano: “A vida que nos toca, a vida que sempre cuidamos”.
A “Semana da Vida 2021” começou com uma celebração no último domingo, na capelinha das Aparições no Santuário de Fátima, e vai terminar com uma Eucaristia presidida por D. José Traquina, bispo de Santarém e nosso conterrâneo. Durante estes dias, no novo sítio online do Departamento Nacional da Pastoral Familiar, há um vídeo diário com o cardeal D. José Tolentino Mendonça, com uma introdução ao tema específico de cada dia.
O guião da Comissão Episcopal do Laicado e Família refere que a pandemia nos veio mostrar, “de forma mais clara, a nossa fragilidade” e nos deve conduzir “a saborear a vida como um bem tão precioso”. O guião da celebração refere ainda que as dificuldades que vivemos são tempo para “redescobrir o sentido da família”, o “lugar dos idosos na família e na sociedade, marcados por uma profunda solidão”, a “importância dos amigos” e o “valor do encontro”.
De facto, no difícil contexto da pandemia, em que os mais frágeis sempre são os mais afetados como documentam as reportagens de Odemira e as condições de vida dos migrantes que trabalham ali e noutros pontos do país, incluindo na nossa região; quando as ameaças à vida em vários dos seus momentos ganharam até forma de lei, este convite para cuidar a vida – a de cada um e de todos os outros – não podia ter mais pertinência.
Num mundo em que alguns só pensam e tudo fazem por dinheiro e em que outros têm tanta falta dele, e entre as minhas tentações de pressa e de individualismo, soam-me as palavras e a melodia do músico Agir: “Se tempo é dinheiro eu vou gastá-lo contigo”.
Desta vida, só levamos connosco o que damos. O tempo que damos aos outros; aos outros sem distinção de simpatia, de cor, de nacionalidade, de religião, é um dos tesouros que podemos levar connosco para a Eternidade.