Dever de informar sim, publicidade não!

Os surtos de covid-19 nesta pandemia vão proliferando por várias regiões e concelhos do país, aqui e acolá, dá-se enfoque a este fenómeno alguns com consequências trágicas para quem deste vírus padece. Creio que o dever de informar é um direito que ninguém coloca em causa, mas tal notícia deve ser proporcional ao facto ocorrido e não ser uma notícia que coloque em causa os direitos de outros que dependem de actividades económicas decorrentes do comércio, turismo ou serviços. A população de uma forma geral está sensível às notícias e reage emocionalmente perante o mediatismo.
Recordo que aguando da cerca sanitária ao concelho de Ovar, foi necessário algum tempo para restabelecer a confiança para que as populações voltassem às suas vidas normais, o mesmo sucedeu aos que visitavam este concelho e isso teve consequências nas actividades económicas deste território.
Um excesso ou uma ampliação dos focos de infecção pode ser contraproducente com os superiores interesses de um concelho. Na maioria os Presidentes de Câmara são prudentes e até reservados na ampliação de notícias que afectem o seu município e renunciam à criação e alimentação de circos mediáticos, que nada adiantam à resolução do problema.
O chamar de atenção ou dar enfoque em excesso colocando um concelho num centro de notícias negativas perante surtos localizados é nocivo para a imagem de um território ou concelho e é danoso quando se quer projectar um território como um destino turístico de excelência. Pelo que a descrição é sempre a melhor aliada, até porque a prevenção e combate à doença fazem-se no terreno, com dirigentes, funcionários e utentes, e não em directo numa qualquer transmissão televisiva.

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