É preciso romper com a estagnação!

Soaram as campainhas de alerta em relação à demografia no concelho de Alcobaça, dados do Instituto Nacional de Estatísticas mostram uma quebra preocupante de mais de 3.000 habitantes em 7 anos, passando de 56.693 em 2011 para 53.641 em 2018, tal realidade deve-nos merecer a máxima atenção mas esta câmara insiste em dar prioridade ao acessório em vez de tratar do essencial.
Esta quebra tem uma expressão muito preocupante na fuga de população activa e em particular de jovens qualificados, por isso, é necessário inverter as prioridades e passar a tratar o que é importante e urgente. Alcobaça apesar de ser um concelho do litoral dá sinais de interioridade.
A aposta em áreas de localização empresarial devem constituir uma prioridade, por isso, a aposta na Área Industrial de Benedita é assertiva, apenas peca por tardia. Mas esta determinação não pode ficar circunscrita a este projecto, deve ir mais além e chegar à ampliação da Zona Industrial das Alvas em Pataias. Um projecto adiado há anos, sendo necessário voltar a desafectar os terrenos da reserva florestal, porque entretanto a câmara deixou caducar a sua desafectação. Considero esta zona industrial estratégica para a zona norte do concelho, como forma de estancar a “fuga” de pessoas. Lamento que a câmara continue distraída perante esta realidade preocupante e não dê prioridade a este projecto.
A zona Industrial do Casal da Areia encontra-se nesta altura a mais de 80% em termos de ocupação de lotes. O Município deve pensar antecipadamente numa solução de futuro que passe pela sua ampliação sob pena de ter um grave dissabor a breve prazo.
Mas não é só no desenvolvimento económico que se deve apostar. Sou defensor há anos da construção de uma infra-estrutura no Mercado Municipal (com fundos europeus já garantidos) para receber os milhares de turistas que anualmente chegam à cidade de Alcobaça. É preciso romper com o marasmo nesta área e procurar novas oportunidades para fixar turistas e gerar negócios. Desperdiçar a oportunidade de criar este equipamento é algo não tolerável para um gestor público. É tempo de Alcobaça acordar e apostar em investimentos que possam trazer retorno e fixar pessoas.

2 respostas

  1. Não são zonas indústriais que atraem jovens qualificados, mas sim a possibilidade desses jovens poderem aplicar os seus conhecimentos em favor da sociedade.

    A maioria destes jovens já têm embutidos em si as questões de sustentabilidade e preservação natural. Precisam de estimulo para conseguir aliar essas questões com as necessidades da população e empresas. Isso não se faz com criação de zonas indústriais.

    Pólos de inovação, que podem muito bem criados em locais/estruturas já existentes e perto de zonas de comércio/convívio, provavelmente fará com que os jovens queiram ficar no concelho de Alcobaça. Acredito que seja muito mais atrativo um jovem querer participar em projetos de inovação (seja ela empresarial, de produto, inovação no pensamento, na estratégia e/ou ainda inovação social) do que ficarem “presos” num armazém de uma zona indústrial, muitas vezes perto de nada.

    Quando Alcobaça conseguir encontrar a forma de fomentar essa capacidade de mudança, talvez os jovens tenham vontade de se ficar e ajudar à melhoria constante do seu concelho.

  2. Esta-se a falar do Concelho de Alcobaça. E como tal, é urgente que os senhores decisores sejam sérios e competentes, em relação ao PDM.

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