Estado corta apoios a ensino privado e causa mais despedimentos no ECB

O novo Orçamento de Estado apresentado pelo Governo confirma um corte no setor do ensino de 11,3 por cento (%). Dos 240 milhões de euros destinados ao ensino privado, o estado português baixa o orçamento para 237,3 milhões, uma decisão que reflete os cortes nas transferências provenientes dos contratos de associação. O Externato Cooperativo da Benedita (ECB) é uma das escolas afetadas pelo desinvestimento no setor.
“Infelizmente, este corte acaba por ser mais do mesmo; não se compreende como é possível continuar a cortar na Educação num país como o nosso que tem um atraso considerável, pelo menos em termos de investimento, relativamente aos nossos parceiros europeus”, afirma Nuno Rosa, diretor do estabelecimento de ensino que não compreende “que o valor a pagar às escolas com contrato-associação por turma não seja diferenciado em função das condições de cada escola”. “Por exemplo, em função da estabilidade e idade do corpo docente ou das instalações/equipamentos disponibilizados”, esclarece. “Enfim, é o que temos…” diz o diretor com desânimo. “Este aperto vai implicar continuar com os ajustamentos ao nível do pessoal e dos custos, tentando não afetar a qualidade do ensino a ministrar”, prevê Nuno Rosa, adiantando que “o ECB deverá rescindir contratos por mútuo acordo com mais três ou quatro docentes até ao final do ano letivo 2015/2016”.

2 respostas

  1. Começem a pagar porpina se querem escolas privatizadas. A escola até pode pareçer boa mas se forem la vêm que os professores são os filhos de A, B ou C e de certesa que esses nao sao despididos. Gostava k o Alcoa fisesse uma reportagem sobre esta escola, que soubesse o numero de alunos, de professores, de funcionários pra se preceber se isto não e uma forma de alguem ganhar dinheiro com isto. Depois, pregunto no alto dos meus 67 anos e com expriencia em empresas, não seria melhor baixar salarios em vez de despidir? Quanto ganhará o presidente do conselho executivo? Isso era bom a gente saber. Já reduziu o seu salário? E os cargos que sempre houveram nas escolas, acabaram com isso? Façam uma reportagem para a gente preceber o que se passa na nossa terra. Tenho dito.

  2. Desconhecia a situação da escola e sempre ouvi boas referências em relação a ela. Quando o director diz “… rescindir contratos por mútuo acordo”, que também se fala na função pública, fico a pensar na coerência com o resto da declaração “… até ao final de 2015/2016”. Como podem haver professores que concordem em ficar desempregados? Deve ser doloroso viver na incerteza durante mais um ano lectivo. Por outro lado, parece que a escola em destaque sempre esteve próxima do PSD, mas nem isso vale, o que parece ser positivo para este governo. Que este exemplo se estenda às escolas com contrato de associação que pertencem a grupos económicos de “sucesso”:

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