Extraordinários. D. Manuel Clemente

Neste 2020, em cada edição, pessoas extraordinárias em algum aspeto da sua vida, com ligação à nossa região.
Conheço a sua extraordinária cultura e afabilidade para com todos desde quando D. Manuel Clemente, por aqui, formava catequistas e escuteiros, e escreveu a “Nossa Senhora do Sim” que D. José Traquina musicou.
E assim continuou: sempre a falar de uma forma simplesmente espantosa e espantosamente simples. Nunca lhe ouço um Evangelho que eu não conheço. Como a outros que falam da misericórdia de Deus, sem exigência de conversão, como se esta vida fosse um recreio que termina, faça-se o que se fizer, «condenado» ao Céu. Ou, pelo contrário, como alguns esquecidos de que Jesus também disse que Deus prefere “a misericórdia ao sacrifício” e que sobrepõem a forma à essência do coração e das ações.
Agora uns católicos escreveram aos média dizendo-se envergonhados por D. Manuel Clemente (e o bispo de Aveiro) subscreverem o abaixo-assinado em defesa da objeção de consciência às aulas de Cidadania. Envergonharam-se com a assinatura do governante que faria excelentes alunos repetirem dois anos? Com a 2.ª figura do Estado antes se “c*gar para o segredo de justiça”? Com um deputado admitir a castração física? A sua vergonha foi para o Cardeal-Patriarca!! Já outro documento seu em linha com o Papa na Amoris Lætitia tinha dado brado. Na mesma exortação, escreveu Francisco: a “ideologia genericamente chamada gender (…) prevê uma sociedade sem diferenças de sexo e esvazia a base antropológica da família. Preocupa o facto de algumas ideologias deste tipo (…) procurarem impor-se como pensamento único que determina até mesmo a educação das crianças”. Vergonha o Cardeal-Patriarca estar em uníssono com o Papa Francisco?
Que bênção o extraordinário D. Manuel Clemente ser nosso bispo, pastoreando como Chesterton tão bem descreveu: “Não queremos uma religião que esteja certa onde estamos certos. O que queremos é uma religião que esteja certa onde estamos errados. Não queremos, como dizem os jornais, uma Igreja que se mova com o mundo. Queremos uma Igreja que mova o mundo”.

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