Renato Jácome, Carlos Gomes e Pedro Miguel trabalhavam na ACORDO há mais de 25 anos; os dois primeiros como encarregados e o último como responsável comercial. Em 2012 abraçaram em conjunto um novo desafio: comprar a empresa e salvar 35 postos de trabalho. Como braços direitos da antiga administração, souberam meia hora antes dos restantes que a empresa estava com dificuldades em pagar a fornecedores. “Trabalho nunca faltou nesta empresa, por isso achávamos que a dificuldade em pagar seria por falta de pagamento dos clientes”, afirma Renato, agora sócio gerente da empresa. Na altura em que assumiram a liderança, a empresa estava sobre um Plano Especial de Revitalização, o que impedia algum fornecedor de pedir a insolvência, dada a quantidade de dívidas. Depois de estarem todos de acordo sobre a sociedade, Renato foi junto de cada fornecedor, de Norte a Sul do País, e explicou-lhes a situação. “Quase todos acreditaram em nós e nos deram crédito, o que ajudou bastante”, conta Renato. Mas nem tudo foi um mar de rosas: “esta aventura só me tirou o sono uma vez, quando pensávamos que não íamos conseguir fazer a escritura, o que deitaria tudo «por água abaixo»”, disse o sócio-gerente.
(Saiba mais na edição em papel de 26 de junho de 2014)