Humanização canina

Ana Catarina Duarte
Enfermeira veterinária

Cada vez mais se identificam cães com problemas comportamentais, consequentes da humanização canina. São sobretudo cães pequenos, que não convivem com outros cães e que vivem em ambiente indoor.

A humanização canina surge quando se proporcionam ao cão coisas essenciais ao ser humano, como roupa, passeios ao colo ou em carrinhos, festas de aniversário, comida “humana”, pintar unhas ou pelo, tratá-lo como uma criança ou permitir que se sente à mesa de refeições.

Consequentemente, o cão adota posturas e comportamentos naturais do ser humano, deixando de manifestar os seus comportamentos naturais (farejar, interagir/brincar com outros cães ou correr). Muitos ficam mais reativos a outros cães e não aceitam passear à trela, preferindo andar ao colo.

Podem surgir problemas de pelo e pele, devido a cuidados estéticos excessivos. Alguns alimentos consumidos pelos tutores são tóxicos para o animal (café, chocolate, frutos secos, bebidas alcoólicas). Alguns cães recusam a ração, tendo preferência por comida húmida ou caseira. Surgem problemas comportamentais: os cães humanizados não veem o tutor como líder e são eles a ocupar esse lugar de liderança, o que leva a problemas na relação cão/tutor. Alguns cães podem manifestar comportamentos agressivos, destrutivos (móveis e objetos) ou fazer necessidades em local inapropriado. São incapazes de socializar com outros cães e sofrem de ansiedade.

A prevenção passa por adquirir cachorros após os 2 meses de vida, manter o cão ativo com caminhadas e exercícios e, principalmente, permitir-lhe que “seja cão” (correr, brincar, fazer buracos,…).

Ana Catarina Duarte
Enfermeira veterinária

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