A Oxford University Press, a maior editora universitária do mundo, líder na publicação de livros para o ensino de inglês como língua estrangeira, elegeu “brain rot” como a palavra do ano de 2024. Esta expressão, traduzida para português como “podridão cerebral”, refere-se à deterioração do estado mental ou intelectual de uma pessoa, que se vai ressentindo pelo consumo excessivo trivial e desinteressante nas redes sociais – segundo a editora, um consumo que aumentou 230% no último ano. Esta realidade é preocupante, tanto mais quando sabemos a quantidade de «lixo» que todos os dias somos «obrigados» a filtrar, muitas vezes com a informação a misturar-se com outra coisa qualquer, um «lixo» em que se acredita, se partilha e que se torna viral. Um vírus cujo antídoto até é bem simples: interessar-se e, por exemplo, ler e assinar jornais, sejam nacionais, ou regionais, diários, semanais, quinzenais, ou mensais. Leiam e assinem jornais! O direito à informação é essencial e querer esse direito devia ser uma prioridade de todos. Há um longo caminho a percorrer, mas não se pode querer que as gerações futuras se interessem e leiam conteúdos informativos se não as educarmos para tal. Com esta edição d’O ALCOA chegámos aos 79 anos. Uma caminhada na qual importa e se eleva o trabalho de equipa, não apenas de quem está na redação, mas também dos nossos colaboradores, os voluntários, os amigos, os assinantes e todos os que apostam no nosso jornal e acreditam na confiança de quem leva por diante este projeto. Temos quase 80 anos, mas não estamos velhos, temos novos conteúdos a pensar também nas novas gerações e em 2025, se Deus quiser, continuaremos a remar contra a maré e a combater a “brain rot”. Celebremos então 2025 com essa nossa fé e muita vontade de escrever com confiança as páginas do “Jornal de Todos Nós”. Abram-nas e leiam-nas!