Em 2020, chegou-nos às mãos o livro “História da Congregação das Servas de Nossa Senhora”, publicado pela Editora Lucena.
Apareceu, assim, à luz do dia o que Luísa Andaluz escreveu sobre a instituição religiosa que a própria fundou. Nas páginas 192 e 193, encontrámos o seguinte texto:
«Como começávamos a ter mais algumas Irmãs professas, neste mesmo ano (1946) a 13 de abril, criámos outra obra de beneficência, um Centro de Assistência Social, na freguesia da Benedita. Este centro, para onde fomos a convite do respectivo pároco e com a devida aprovação do prelado, instalou-se numa casa mobilada, que nos foi emprestada pelo padre José António da Silva, filho daquela terra. Ainda nela nos conservamos, mas já se está tratando da construção de um edifício novo com instalações apropriadas em devidas condições, pois tem progredido muito como adiante direi. Esta obra é da fábrica da igreja». Nas páginas 197 e 198 lemos que “O Centro de Assistência Social da Benedita, a cuja abertura realizada a 13 de abril de 1946 atrás me referi, tem continuado a desenvolver a sua ação, embora esteja limitada por falta de espaço na sua sede. Desde o seu princípio que funciona ali uma escola infantil e uma casa de trabalho feminino. Aquando da sua abertura não havia cantina, mas tendo-lhe sido aumentada a receita por meio de um subsídio concedido pela assistência em 1949, abrimos ali também uma cantina para os dois sexos e desde então começámos a dar sopa e merenda a todas as crianças que frequentam o centro e a distribuir diariamente uma sopa a todos os pobres e inválidos da freguesia. Faz-se serviço social tratando de inquirir às famílias pobres a fim de lhes podermos valer nas suas diversas necessidades espirituais e temporais e também se faz enfermagem no centro ao domicílio. A 6 de janeiro de 1951 ali abrimos um lactário que ficou instalado numas dependências da residência da família Almeida, caridosamente cedidas para esse fim”.
Realço, sobre este tema, a excelente tese de doutoramento feita na Universidade de Coimbra, da autoria da Irmã Dina Maria Batalha Henriques com o título “Ser educado, ser educador: a dimensão filosófica, ética e pedagógica da obra de Luísa Andaluz”. Aí, são feitas várias referências à Benedita. Nota final – oportunam ente, voltaremos a este interessante assunto.