2013-2014: o ano de todas as decisões? (I)

Será que, em 2013, sabemos exatamente o que se passa na escola, nomeadamente na escola pública? Não estaremos, ainda, reféns de velhos preconceitos? Sabem, por exemplo, quantas horas por semana cumpre um professor na escola, qualquer professor?
Provavelmente, ainda pensamos que os professores passam tanto tempo na escola como nas esplanadas. Pois não é verdade. Se alguma vez o foi – e, em alguns casos, poderia parecer – já não é: a somar às 26 / 27 horas que um professor passa na escola, em tarefas calendarizadas minuto a minuto, haverá que somar o tempo gasto em reuniões, em preparação de aulas, na elaboração de testes, em formação… Ou seja, um bom professor, trabalhará por semana cerca de 40 horas; um muito bom professor – e há-os, muitos – trabalhará, por certo, mais de 50 horas.
No entanto, se se confirmarem os rumores que andam por aí, de nada lhes valerá esse esforço. Se as escolas públicas vierem a ser os parentes pobres do sistema, sem instrumentos de gestão para competir com os privados, de nada valerá ser-se bom professor, bom gestor, bom assistente… Se, nesta luta desigual pelo “cheque-ensino”, uns (os privados) ficarem com os excelentes, com os filhos-família e outros (os públicos) ficarem com os excedentes, com os casos difíceis, com as franjas étnicas ou sociológicas mais desfavorecidas, não se augura nada de bom para a educação pública. Até posso entender que o serviço público de educação seja desempenhado por escolas privadas. Mas, então, deem-se às escolas públicas armas iguais – ou, pelo menos, parecidas. (continua)

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

PRIMEIRA PÁGINA

PUBLICIDADE

Publicidade-donativos

NOTÍCIAS RECENTES

AGENDA CULTURAL

No data was found