“O pilar são sempre, sempre as pessoas”

PERFIL:

Nome: Isabel Maria Fonseca
Data de nascimento: 22 de setembro de 1967
Naturalidade: Angola
Atividade Profissional: Técnica Oficial de Contas
Porque se candidatou: Antes do porquê vem a minha motivação pessoal que foi a questão de achar que a nossa freguesia estava um bocadinho adormecida. Em termos de juntas, sempre defendi que deviam estar muito próximas da população e eu não sentia isso da junta de Alcobaça, da Vestiaria como não conhecia muito bem, não posso falar. A primeira motivação foi o trabalho que se pode desenvolver numa junta de freguesia e só se conseguiu concretizar porque temos uma equipa muito boa. E quando falo de equipa não falo não só da nossa lista, mas também de cidadãos que se vão juntando a nós.

ORA DIGA LÁ…

Um país: Portugal
Um livro: “Nada a temer exceto as palavras”, de Timóteo de Matos
Uma música: Qualquer uma dos U2
Um filme: “Era uma vez na América”
Um político: Jorge Sampaio

Alcobaça e Vestiaria:

População: 6173 eleitores
Presidente de junta anterior: Manuela Pombo
Primeiro trabalho/obra que quer realizar: A união das freguesias de Alcobaça e Vestiaria, que está em curso, para já é o mais importante.

Quais são os principais problemas em concreto que Alcobaça e Vestiaria enfrentam? 
O principal problema neste momento é unir pacificamente duas freguesias que são tão diferentes. Alcobaça é urbana e a Vestiaria é rural. É o principal problema com que nos deparamos neste momento: a questão da identidade, Alcobaça está aos poucos a encontrar a sua identidade outra vez; a Vestiaria já tem e para eles é mais claro.

Como tem sido até agora gerir as duas freguesias? A primeira experiência como autarca, como está a ser?
Tem sido bastante atribulado, não só porque ainda não temos o edifício da junta operacional, por questões de secretariado e logística mas também porque temos três edifícios onde frequentemente tenho que estar e essa tem sido a maior dificuldade. A primeira experiência como autarca tem sido muito gratificante, apesar da confusão generalizada que o Estado instalou na união de freguesias, vejo que as pessoas aos poucos começam a utilizar a junta de freguesia como o seu primeiro patamar de intervenção.

Que obras há por fazer que sejam mais relevantes para as freguesias?
Muitas obras, nomeadamente na Vestiaria, que já tinha obras em curso e têm que ser concluídas como o passeio da encosta do Cidral. Outra promessa feita foi o parque infantil da escola primária mas que nós, de momento, estamos a preparar a concretização. Alcobaça tem uma divergência de atuação já que a junta só é responsável pelas periferias, em termos de limpeza e de obras. A junta está dependente da câmara, mas na Vestiaria a autonomia é maior.

Como está a situação financeira da junta?
Nós estamos a trabalhar com o orçamento das duas juntas num final de ano, e os orçamentos quando chegamos ao fim do ano estão praticamente esgotados. E sobra pouco para as rubricas que temos em aberto, como os apoios às coletividades, que são o que as que as pessoas procuram mais nas juntas; essas rubricas estão completamente esgotadas. O que não quer dizer que a situação financeira da junta tenha ficado questionada, não ficou. Os trabalhos que queremos fazer é que têm de esperar pelo orçamento que vamos preparar.
Qual é o pilar de crescimento da união de freguesias e o que pode a junta fazer em concreto para apoiar o crescimento?
O pilar de crescimento de todas as freguesias são as pessoas, é a cidadania, estar muito junto das pessoas, fazer a ponte entre aquilo que as pessoas precisam e os organismos responsáveis por concretizar. As obras também são pilares de crescimento, mas têm que ser bem planeadas, não se pode concretizar obra que não tenha utilidade para a população. Portanto primeiro que tudo nós temos que conhecer a população, para quem estamos a gerir, e quais são os anseios das pessoas. O pilar são sempre, sempre as pessoas.

A câmara municipal pretende estabelecer um protocolo de descentralização de competências para as juntas de freguesia. Qual é a sua opinião sobre este projeto?
Concordo em pleno mas a descentralização tem que vir com um anexo, que é o «dinheiro para». Portanto, com orçamentos muito pequenos como é o da junta de Alcobaça e Vestiaria, que tem uma população mais reduzida que outras freguesias do concelho, a descentralização faz todo o sentido se vier acompanhada da devida compensação monetária, dos meios para que as juntas possam concretizar.

Paulo Inácio revelou que gostaria de passar a responsabilidade do parque de campismo para a junta de Alcobaça. Concorda?
Tenho que ver primeiro as condições que a câmara nos quer oferecer. Sem conhecer o tipo de protocolo não posso responder se concordo com ele. O que eu concordo, e concordamos todos é que qualquer fonte de receita para a junta é bem-vinda, portanto, no sentido de gerar receita penso que sim. Por outro lado, o parque de campismo faz parte de uma linha condutora para o turismo e nós precisamos de perceber qual é a linha que a câmara tem para o turismo e em que é pode ser útil e no que pode ajudar a chegarmos a determinado objetivo. Nenhuma das descentralizações que a câmara quer fazer pode ser desprovida de um olhar num todo e de um objetivo a atingir para uma autarquia.

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