No Parque dos Monges em Alcobaça já se sente um cheirinho a Natal. Diariamente, de 5 de dezembro a 3 de janeiro, toda a magia desta época renasce numa Vila de Sonhos com sabor a contos e muita diversão. Na programação, para miúdos dos zero aos 100 anos, não faltam espetáculos, teatro, contos, ateliês, eventos, mas também muitas tradições alusivas à época, num Natal que não se esgota num dia.
O que também não se esgota é o talento e a dedicação de Jaime Roxo e da sua esposa Natércia Pereira que, por estes dias e com a ajuda de voluntários, dão vida ao maior presépio animado do país. Uma atração que, desta vez, apanhou boleia das renas para o Parque dos Monges, em Alcobaça, depois de em anos anteriores ter passado por Penela e pela Cela.
Para Miguel Martins, gerente do parque, que “namorava” a ideia há dois anos, “este presépio, único no pais, faz todo o sentido estar num espaço em Alcobaça; sendo o autor da terra, é também uma forma de ajudar a elevar o seu nome, promovendo o que é nosso e da região, tal como o próprio Parque dos Monges tem tentado fazer”, refere.
Mas afinal o que tem este presépio de tão especial, que atrai multidões por onde passa? Além dos detalhes e de toda a paixão que o autor lhe dedica, há todo um trabalho em equipa que não se quantifica, porque fazer renascer em 500 metros quadrados, quatro núcleos: Nazaré, Agricultura, Jerusalém, Belém, com a ajuda de mais de 100 figuras, 26 casas, 220 plantas, 20 mil parafusos, três toneladas de cortiça, 100 caixas de musgo, entre tantos outros materiais em 1900 horas de montagem. É obra! Uma obra que Jaime Roxo e Miguel Martins gostavam que tivesse algum apoio do município, para que não voltasse a sair da terra, onde realmente pertence.
De 5 de dezembro e até 3 de janeiro, há essa garantia. Para todos os que quiserem vestir a camisola quentinha dos sonhos e entrar no espírito natalício que o Parque dos Monges quer oferecer.