Peregrino desde há nove anos fez pausa em Alcobaça

Foto por Cátia Romualdo

José Calvo, peregrino de 64 anos, passou por Alcobaça. Foi único sobrevivente no naufrágio de um barco de pesca ilegal que vitimou 16 pessoas em 1999 na Noruega. Esperou nove horas em cima de dois cadáveres até ser resgatado e, pensando que não iria sobreviver, prometeu a Nossa Senhora de Fátima que percorreria todos os lugares santos do mundo se sobrevivesse; “foi milagre tirarem-me vivo dali” contou a’O ALCOA.

Para recuperar dos traumas do naufrágio, passou oito meses numa câmara hiperbárica (regula a pressão), dois anos numa cadeira de rodas, outros dois em muletas e ouviu dos médicos que não voltaria a andar. Porém, desde 2004 já percorreu 97 mil quilómetros a pé por vários lugares de peregrinação do mundo e a travessia de continentes fê-la de trenó no estreito de Bering, que liga a Sibéria ao Alasca.

Leva consigo um panfleto em que vai carimbando todos os sítios em que já passou e guarda numa pasta de arquivos centenas de recortes de jornais que contaram a sua história. António Calvo confessa que nem sempre é fácil pois “é impossível passar dois dias sem comer, que já aconteceu, e eu não recebo nada por isso vou pedindo a quem me possa ajudar”. Cumpre a sua promessa com a passagem por Fátima e Santiago de Compostela. Depois “vou ter com os meus netos a Cádis e fico por lá”, concluiu.

 

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