Prevenção do consumo de drogas entre os jovens requer união de esforços

Foto por Daniela Ferreira

António, nome fictício, tem agora 17 anos e afirma consumir droga desde os 15 pela sensação de “paz interior”. Já experimentou drogas mais pesadas, mas pelo medo de ficar “viciado” como algumas pessoas que lhe eram próximas, nas quais testemunhou a realidade das consequências, diz não querer voltar a fazê-lo. Quanto às chamadas drogas leves, consome-as regularmente e até, segundo diz, com os pais: “sei que me posso arrepender, mas estou bem assim”.
Opinião contrária tem a jovem Mariana Pedroso, nova presidente da Associação de Estudantes (AE) da Escola Secundária D. Inês de Castro: “O consumo de drogas é algo que queremos evitar e é importante que os alunos tenham consciência que não devem ter esses hábitos”. A nova AE pretende, assim, fazer palestras de sensilização contra esta dependência.
“Poderia enterrar a cabeça na areia e jurar que nada desses problemas nos afetam. Mentira”. Gaspar Vaz, diretor do Agrupamento de Escolas de Cister – Alcobaça (AECA), admite que o consumo de drogas por parte dos alunos é uma “preocupação transversal” e assume sem rodeios a existência de casos na escola. “Sinal de que estamos de olhos abertos,” sublinha. “A escolaridade obrigatória até aos 18 anos acarreta novos problemas que não existiam na escola”, acresenta. “Um mercado de trabalho fechado aos jovens cria revoltas e vontades de vias alternativas. Esta luta tem sido difícil, mas tem sido travada com determinação”, assegura.

 

(Saiba mais na edição em papel de 2 de outubro de 2014)

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