Trabalhar em tempo de férias: os passos da vendedora de bolos no areal de São Martinho do Porto e o labor de quem garante a sombra na praia da Nazaré.

Quem tem por hábito frequentar a praia de São Martinho do Porto, de certo, que já provou ou, pelo menos, já ouviu falar das bolas de berlim da Cecília. Desde há 40 anos que Cecília Fernandes, 62 anos, vende estes e muitos outros bolos na baía. “Tenho os meus clientes como alguém da minha família, alguém que me tem ajudado a vida inteira”, afirma a vendedora, que é conhecida na praia por outras boas razões.
“Tantas situações que já passei mas, assim de repente, lembro-me de uma criança de quatro anos que se perdeu durante seis horas e depois veio ter comigo a perguntar onde estava a mãe; eu conheci o menino e fui levá-lo”, conta.

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A alegria de trabalhar no areal da Nazaré

São da praia e fazem desta o seu ganha-pão. É no início de julho, que Maria Bem, Conceição Batista, Regina Delgado, Rosa Santos, Cândida Sales, Clotilde Ova, Maria Brimbote – algumas dos 31 sócios conhecidos como banheiros – montam as barracas na praia da Nazaré. Uma tradição que vem dos antepassados e que tem resistido a todas as barreiras do tempo e da modernidade, fazendo desta uma das mais características profissões duma geração que teima em garantir a sua continuidade. Como explica Maria Brimbote, uma das “banheiras” mais antigas, com 81 anos de idade, enganadores pela aparência jovial e sorriso aberto. “Comecei a alugar aos 13 anos, altura em que iniciei o namoro com o meu marido, atividade que já vem do seu bisavô”. Na escolha das sombras, a maioria dos turistas prefere as barracas que estão mais abrigadas. É por isso que é feito um sorteio por todos os “patrões”, antes de as colocar no areal.

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(Saiba mais na edição em papel e digital de 7 de julho de 2016)