Qualidade dos serviços de saúde no concelho de Alcobaça em análise

Foto por Sara Susano

Recentemente foi notícia na comunicação social nacional o facto da urgência do Hospital de Alcobaça ter estado durante cerca de uma hora e meia sem qualquer médico. No concelho, continua a haver doentes que vão de madrugada à sua extensão de saúde para marcar consulta. O ALCOA procurou respostas junto da Unidade de Saúde Familiar Pedro e Inês, de Alcobaça, tendo o seu diretor declarado só poder responder com autorização do ACES Oeste Norte. Pedida a dita autorização, até à data de fecho desta edição não nos chegou qualquer resposta. E casos em que os problemas de saúde são desvalorizados na urgência e os doentes são enviados para casa correndo risco? Maria tinha um problema de vesícula e, depois de se dirigir ao Hospital de Alcobaça, foi operada de urgência no Hospital de Santarém, já com uma infeção generalizada.

“Já há algum tempo que andava doente da vesícula, fui mostrar os exames ao meu médico, mas não conseguia ser atendida porque ele por dia dá só seis consultas; não cheguei a mostrar-lhe os exames”, contou Maria, que preferiu não se identificar, a’ O ALCOA. Em fevereiro passado, sentindo grande mal-estar, Maria dirigiu-se ao Hospital de Alcobaça. Por duas vezes: “já tinha estado lá antes, da primeira vez enviaram-me para casa depois de me darem soro; da segunda, este fevereiro, a uma sexta-feira, o médico deu-me soro e acabou por me mandar para casa também”, lembra a utente de uma unidade de saúde familiar do concelho de Alcobaça. “Mas eu não conseguia aguentar as dores, os vómitos, o mal-estar e no domingo voltei lá”, adianta. Era o mesmo médico que estava na urgência. “Quando ele me viu, disse: ‘outra vez?’ E eu disse: ‘Sim, doutor, ajude-me por favor porque eu não estou bem'”, relata Maria, acrescentando que o médico voltou a dar-lhe soro e encaminhou-a para uma consulta externa. “No dia seguinte, segunda-feira, fui às consultas externas e só havia dois dias depois, mas eu já estava toda amarela e a minha filha, que vive em Rio Maior, levou-me ao Hospital de Santarém”, prossegue Maria.

(Saiba mais na edição em papel de 30 de abril de 2015)

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