“Um destino imperdível e que tem vindo a despertar interesse crescente por parte dos visitantes”. É desta forma que Raul Almeida, presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro, «olha» para o Centro de Portugal, enquanto local turístico a visitar. Nele cabem os concelhos de Alcobaça e da Nazaré que também têm acompanhado essa tendência. Um «olhar» que o presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro partilha em entrevista a’O ALCOA.
O Centro de Portugal pode afirmar-se hoje como um destino imperdível? A que se deve?
O Centro de Portugal é hoje, claramente, um destino imperdível e que tem vindo a despertar interesse crescente por parte dos visitantes.
A popularidade da região deve-se a uma conjugação de diversos fatores. Por um lado, a diversidade de oferta, que se adequa às novas tendências de procura turística. Atualmente, cada vez mais turistas querem ter múltiplas experiências num mesmo destino e conseguem-no neste território, que lhes oferece uma combinação de paisagens que vão desde as praias deslumbrantes do Oeste até às montanhas imponentes do Interior, que passam pelas cidades e vilas históricas, pelo património da humanidade – de que Alcobaça é exemplo maior – mas também pelos eventos e festivais, pela gastronomia, pelos vinhos…
Estas particularidades, que tornam o Centro de Portugal um destino apetecível, são complementadas na perfeição pela hospitalidade e pela segurança que os turistas sentem quando nos visitam. Todos esses fatores contribuem para a afirmação da região.
Pode partilhar números desse crescimento?
Os números são esclarecedores e falam por si. A atividade turística na região Centro nunca esteve tão pujante.
No que se refere às dormidas, que é o principal indicador usado nestas análises, 2023 foi o melhor ano de sempre para a região Centro de Portugal. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, registaram-se um total de 7.942.254 dormidas, muito perto de oito milhões. O melhor ano, anterior, era 2019, com 7.134.863, pelo que houve um crescimento de 11,3%.
Nas receitas, o crescimento foi ainda mais expressivo, de 19,7%. Os proveitos totais nos alojamentos turísticos do Centro foram, em 2023, de 464,6 milhões de euros, enquanto no melhor ano, anterior, que era 2022, tinham sido de 388,1 milhões.
Os números que já temos de 2024, embora ainda muito preliminares, deixam antever que, a não ser que algo de muito anormal aconteça, o recorde de 2023 irá muito provavelmente ser novamente ultrapassado.
Saiba mais na edição impressa e digital de 11 de julho de 2024