Rota D. Maria I / D. Maria Pia – «Arquitetura: janelas do Passado / portas do Futuro»

Lúcia Serralheiro
Terra Mágica das Lendas

O Conselho da Europa e a Comissão Europeia são desde 1984 as entidades que promovem as JEP- Jornadas Europeias do Património, todos os anos e sempre com um tema diferente. Em 2025, o tema é «Arquitetura: janelas do Passado / portas do Futuro». As JEP são o evento europeu com o maior número de países participantes e que em 2025 planifica atividades focadas nas heranças de construções, perscrutando nelas a dimensão comum a outros espaços/territórios europeus.
No folheto sobre a palavra ‘arquitetura’ explicam que nela está a ideia de que os edifícios físicos, não são apenas património material, mas também património imaterial. A casa onde nascemos, a igreja onde fomos batizados, a escola que frequentamos, a fábrica, o mercado, a feira, a loja ou oficina onde trabalhamos, a lagoa, o poço onde se ia à água, os montes, onde se ia à lenha, a padaria, o café /esplanada onde sabe bem apanhar o sol, há um rol de lugares de uma rica diversidade de estilos e infraestruturas que nos rodeiam.
A palavra arquitetura vem do grego e refere-se não só, à arte de criar edifícios, mas também aos aspetos técnicos da construção dos mesmos. Apreciamos a beleza, não só dos grandes monumentos, mas também do mais simples casario, como o que existe à beira da antiga Estrada D. Maria I / D. Maria Pia. Olhando algumas paredes muito velhas podemos aprender sobre a arquitetura vernacular que é utilizada nas reconstruções de casas antigas.
Fernando Ferreira deu serventia a pedreiros. Olhando uma casa em ruínas disse: ‘A pedra tinha de ser picada, para aderir ao barro amassado, que era muito difícil de amassar e nem todas as pedras, se podiam colar com argamassa de cal e areia… essa ia para rebocar o interior e o exterior das casas’. Veronika recorda o seu país natal: ‘Os amigos ajudavam-se todos, sempre a mesma coisa, blocos de terra molhada, misturada com palha e faziam-se casas para as pessoas e animais. Aqui na Estrada Maria Pia onde moro, estrada muito comprida, com casas da época antiga, são bonitas e quentinhas, caiadas de branco por dentro e por fora. Têm janelas mais pequenas e portas mais pequenas, entradas mais baixas, para não ter frio. Dentro de dois metros quadrados têm sítio para tudo.’ Toda a arquitetura tem um papel a preservar e partilhar com as gerações futuras. Isto requer ações consertadas entre várias entidades locais e associações para defesa do património.

Lúcia Serralheiro
Terra Mágica das Lendas

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

PRIMEIRA PÁGINA

PUBLICIDADE

WhatsApp Image 2024-06-03 at 12.09.27
Publicidade-donativos

NOTÍCIAS RECENTES

AGENDA CULTURAL

No data was found
Sites de Paris Sans Vérification