
À beira da Estrada D. Maria Pia, na Benedita, em frente da Associação de Frei João, está a fachada histórica da casa, que, em 1908, foi doada ao Estado para ser uma Escola. Justo Loureiro nasceu aí ao lado. Ele foi a pessoa, que durante mais tempo exerceu o cargo de presidente da Junta de Freguesia e de vice-presidente (1926-1946). Em 1938 assistiu à inauguração Escola Raul Lino, no Frei Domingos, ao sul da freguesia. Além dos populares, estavam os alunos da Escola de Benedita, e entre eles o neto Justo Loureiro que conta: «Eu tinha o professor Augusto Oliveira Santos, que vivia na escola, com a mulher e ela é que foi a primeira professora dessa nova Escola, e era regente. Fomos todos lá, e também foram os meus pais. O terreno para a escola foi dado por António Arsénio Júnior, com a condição das bolotas dos carvalhos ficarem para os seus porcos. Eram meus colegas, o Fernando Maurício, que foi Padre Doutor e o José Guerra, que foi um Padre importante. Éramos da Mocidade Portuguesa e tirámos essa foto.»
Alda Crisóstomo, vivia na Moita do Gavião. Filha de um combatente na Grande Guerra de França, nascido na Quinta da Serra, que fora cortada pela Estrada D. Maria, ia à escola de Benedita, com a sua irmã mais nova, ainda sem idade para ir, mas o pai pedira que ela entrasse, a fim de acompanhar a irmã. Quando a meio do ano de 1938, as suas filhas foram obrigadas a passar para a Escola de Frei Domingos, ele ficou revoltado. Alda recorda-se de que isso também aconteceu com a colega Celeste Serrazina. Isabel Loureiro, filha de Justo Loureiro, professora regente no Outeiro, por volta de 1946, faltando o prof. da 4.ª classe na Escola de Benedita, a meio do ano, ofereceu-se aos pais dos alunos para os preparar e levar a exame, que na altura, era em Alcobaça. Diamantino Lucas, um desses alunos, prestou boa prova oral, mas quem saiu com distinção foi José Policarpo da Escola de Frei Domingos, apesar da professora Isabel ter reclamado ao Delegado Escolar.