Teatro Amador em Turquel

Lúcia Serralheiro
Terra Mágica das Lendas

Em Turquel chega o frio e revivem-se tempos de antigas récitas. É o teatro amador. Os atores anseiam que chegue o momento para apresentarem aos amigos e conhecidos, o resultado dos seus ensaios, cheios de peripécias à volta de um ensaiador, neste caso, o experimentado Pedro Mateus da Sociedade Filarmónica Turquelense. Ele também se aflige. Não poupa a arte de carpintaria de seu pai, para que no cenário não faltem três portas a abrir e a fechar quase continuamente para o cómico das cenas de uma equipa heterogénea de atores desde Moleanos, Alcobaça e Turquel. O público vai não só pela peça em si, mas sobretudo pelos atores conhecidos com quem convivem no dia a dia. Veem-nos vestidos de outras roupas, dizendo palavras que geram confusões cómicas, criticando costumes armadilhados por personagens traiçoeiras, neste caso ‘a criada de servir,’ que a todos saca dinheiro em troca de falsas informações e que vai antecipando o enredo ao público. Este ri e aplaude. Quiçá se possa afirmar que há um equilíbrio entre assistência e atores. Há uma corrente de energia, quase secreta, que corre entre os dois lados. À entrada é o sr. Filipe da Banda que dá as boas vindas a todos, aos ali que acorrem. No palco a “criada espertalhona” aproveita-se dos mal-entendidos, que escuta e não devia. No final é desmascarada e todos ficam esclarecidos, mas quem sabe pensando que nem sempre os trabalhos ditos ‘inferiores’ são devidamente pagos.

Lúcia Serralheiro
Terra Mágica das Lendas

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