Foi com apenas nove anos de idade que Telmo Pereira ingressou no Ginásio Clube de Alcobaça. Após 22 anos de ligação, o «capitão» arrumou as chuteiras e deixou o clube. Em entrevista a’O ALCOA, o engenheiro eletrotécnico recorda o início da carreira de futebolista e faz o balanço de mais de duas décadas de dedicação ao «seu» Ginásio.
Como começou a sua jornada no futebol?
Eu jogava futebol na escola, como qualquer criança. A professora dizia que eu tinha talento para o desporto e principalmente para o futebol. No entanto, o meu pai nunca me quis pôr no futebol, pois eu já andava na natação, já tinha um desporto e ir para outro era complicado. Quando estava no quarto ano, a minha mãe insistiu com ele e como gostava tanto de jogar futebol colocou-me no Ginásio. Foi assim que começou o meu longo percurso no clube.
Foram 22 anos de ligação com o Ginásio, sendo que ingressou com apenas nove no clube. De que forma o clube e o futebol impactaram a sua vida?
O desporto, por si só, já é algo bastante positivo para a vida de uma criança e de um jovem. Porque vais fazer amizades, vais praticar desporto e isso tudo contribui para melhorar a tua vida. Depois, como foi um percurso longo no clube, também, promove a que tenhas mais responsabilidade. Porque vais crescendo dentro do clube, ficas com mais estatuto. Cheguei a ser capitão na formação, cheguei a ser capitão no futebol sénior e isso fez com que me desenvolvesse mais como atleta e, principalmente, como pessoa.
Quais os principais desafios que um jogador de futebol amador/não profissional enfrenta?
Quando és jovem, os desafios são poucos, porque estás a fazer aquilo basicamente só para te divertires e para estares com os amigos. Depois, quando me tornei sénior, vieram outras distrações. Começas a sair à noite, tens de te preocupar com a tua vida pessoal e profissional. O principal desafio é esse: é manteres um foco no futebol, conseguindo conciliar a tua vida para que o ser jogador não afete a tua vida pessoal e profissional e vice-versa.
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