“Eu gostava de ser pastor, mas vamos lá ver se consigo”. Francisco Carvalho tem 13 anos e vive nas Redondas, em Turquel. Não gosta de videojogos, não se interessa por telemóveis, ou essas brincadeiras ligadas às novas tecnologias, mas gosta muito de cuidar dos animais do campo: porcos, ovelhas, cabras, coelhos, galinhas, codornizes, um bezerro e o seu burro, o Chibanca.

Não há quem não o conheça pelas redondezas. De boina na cabeça, a cavalo no burro, um sorriso de quem gosta da sua terra e a firmeza do que quer fazer na vida: ser pastor. Sonho que, a par com o seu Chibanca, divide ainda com outra paixão, a música. Gosta de cantarolar e de tocar concertina. Um gosto que vem de tenra idade, contagiado pela avó Maria Helena Marques, de 81 anos. Conforme revela a’O ALCOA, “de a ouvir cantarolar as modas da terra”, de tal forma se contagiou, que se aventurou pelos palcos, logo aos cinco anos, numa pequena atuação com o grupo “5 para a meia-noite”, numa festa popular, ficando ainda mais entusiasmado. Certo dia, Francisco foi a Fátima e ofereceram-lhe uma concertina de brincar. O entusiasmo virou-se então para esse instrumento da música popular portuguesa. “As aulas de concertina surgiram recentemente, há dois anos, ainda não havia pandemia”, explica o jovem, pois “apareceu aqui um senhor amigo que tocava o instrumento e incentivou-me a inscrever e eu comecei”.

Saiba mais na edição impressa e digital de 3 de fevereiro de 2022.