Vultos da minha região – Sacerdotes cumeirenses

Como alguém escreveu: “É bom recordarmos, para não esquecermos”.
Nesta introdução, limitar-me-ei a lembrar que muitos dos nomes proeminentes da nossa região, já se “apagaram”… O que não é fenómeno novo, pois já os milenares textos bíblicos rezavam que “a nossa vida passa como rasto de nuvem e dissipa-se como neblina expulsa pelos raios de sol e dissolvida pelo seu calor”… Acrescentando ainda que “depois seremos como se nunca tivéssemos existido, pois com o tempo o nosso nome fica esquecido”. Assim sendo, procurando contrariar a tendência natural para o esquecimento das pessoas e feitos, irei trazer a esta coluna alguns nomes de gente boa, desconhecida de muitos, que passou por esta vida praticando o bem, à sua maneira, e deixando o seu exemplo como luz para os vindouros.
Começo por dois, dos três sacerdotes cumeirenses. O mais recente dos reverendos cumeirenses é o padre Tiago Silva, que celebrou a sua missa nova já neste século e neste milénio, na novel capela de Cumeira de Baixo. Contudo, embora não seja uma figura do passado, ficar-me-ia mal não o mencionar aqui. É o único sacerdote desta aldeia que nos dá a elevada honra de fazer parte das nossas memórias contemporâneas e esperamos que Deus no-lo conserve por muitos e longos anos, bem como a seus pais, exemplares cidadãos. Só uma mãe e um pai de exceção podem ter um filho padre, nos dias de hoje.
Quanto aos sacerdotes do passado, começo pelo padre Paulo Soares, nascido em Albergaria (Cumeira de Cima), referido em 3 livros, entre os quais a publicação de 2013, “Cumeira de ontem e de hoje”. Na Cumeira, existem uma rua e um pequeno monumento evocativos do sacerdote: a Cruz do Padre Paulo. O cruzeiro de pedra foi inaugurado (em substituição de outro, degradado) no século XX (1984) pelo capelão da Cumeira à época, Ver.º Padre Dr. José Fernandes de Almeida, autor de um livro onde é retratada a tragédia das invasões francesas, de que foram vítimas mortais 427 pessoas da freguesia do Juncal, entre setembro de 1810 e março de 1811.
Uma das vítimas assassinadas foi o Padre Paulo Soares.

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