Que saúde para o Oeste? A questão não é de hoje, é a de sempre. Muito se fala, se debate e se estuda, mas o futuro do Hospital do Oeste ainda espera por uma localização. Decisão que está nas mãos de Manuel Pizarro, ministro da Saúde, que falhou o compromisso com os municípios do Oeste de proceder à deliberação sobre a nova infraestrutura, até 31 de março. Um estudo encomendado, pelos 12 municípios da Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCIM), apontava Bombarral como a melhor localização para a construção do novo hospital. Numa matéria tão sensível como esta, os maiores prejudicados são, como sempre nestas circunstâncias, os cidadãos, que aguardam há muito por esta infraestrutura. Populações que em vários momentos são “chamadas” a exercer o seu direito de cidadania e a escolher aqueles que considerem estar em melhores condições de os representar e de defender os seus direitos. A tudo isto se chama Democracia.
A propósito deste tema, a poucos dias de assinalar mais um 25 de Abril, O ALCOA desafiou os partidos com vereação nas Câmaras Municipais de Alcobaça e da Nazaré a falarem do papel e da importância da oposição. Neste pluralismo político, onde se encontram as fações políticas governativas e as que se lhes opõem, o que se objetiva é que, apesar de diferentes posições, ideias e ideologias, todos, com o seu papel, contribuam para o debate político. Que o façam com qualidade, auxiliando e contribuindo construtivamente para o processo de tomada de decisão, com ideias e propostas focadas na resolução de problemas, que considerem de interesse e importantes para as populações. Neste papel tão importante assiste-se, muitas vezes, à desconfiança e descrédito pela política e pelos partidos. Cabe a estes contrariar essa tendência, só possível através da qualidade e excelência do trabalho desenvolvido e aqui estão todos no mesmo barco: governo e oposição. Fazer oposição, numa democracia moderna, é fazer parte da Teoria da Separação dos Poderes, onde todas as peças contam para fazer o sistema funcionar devidamente.