Ucranianos em Alcobaça vivem «aqui» o sofrimento de «lá»

Anastasiya Bazelyuk é ucraniana e vive em Alcobaça desde os 21 anos. O objetivo era lutar por uma vida melhor, tanto que não pensa voltar: “já tenho cá casa e a minha filha nasceu cá”. Mas, a exemplo doutros cidadãos ucranianos que vivem na região, Anastasiya observa de longe os violentos conflitos na sua pátria, que já causaram dezenas de feridos e vítimas mortais. A ucraniana de 32 anos, diz entender as razões dos manifestantes, mas é da opinião que a Ucrânia não sobrevive sem a Rússia. “Temos muitos recursos na terra, carvão, água doce, trigo. Mas só temos dinheiro porque vendemos tudo isso à Rússia. O gás vem de lá, e muitas das dívidas são perdoadas”. Anastasiya acredita que os confrontos foram subsidiados pelos Estados Unidos da América, que têm interesse em ver o país longe do domínio russo. No país ainda tem uma avó e um tio, que lhe dá notícias: “ele conta-me que sair à rua é um perigo, há pessoas armadas, ameaçam matar os políticos e polícias, bem como as suas famílias. Fico muito revoltada, triste, ninguém tem direito de matar, de destruir património. Os manifestantes na Praça da Independência tiveram atitudes de homens primitivos”.

(Saiba mais na edição em papel de 6 de março de 2014)

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