“A loucura da guerra, que é sempre uma derrota”. A lembrança da dor da guerra e a esperança de um fim foram as principais palavras que marcam os 11 anos de pontificado do Papa Francisco, assinalados a 13 de março. Numa altura em que, no calendário, se vive um dos momentos mais altos da fé cristã, a Páscoa, com o anúncio da Boa Nova da Ressurreição de Jesus, vale a pena refletir sobre este tema. Pensar não só sobre o caminho para a paz, proposto pelo pontífice, mas também sobre a bondade e o humanismo. Valores que nos passam despercebidos, demasiadas vezes e que devíamos encarar de outra maneira. Devíamos olhar para eles com vontade de ser menos “eu” e de passar a ser mais “nós”. A Fé em nós próprios é tão importante como crer no outro, até porque, na nossa vida, em diferentes momentos, somos surpreendidos por pessoas e gestos que não esperávamos e isso enche-nos o coração. Tomemos como exemplo um juiz, de um Tribunal de Menores, que no meio de uma sentença com mais de dez páginas, com deliberações e factos, coloca um poema, com um significado profundo e direto ao que deliberava. O juiz não se limitou a emitir mais uma sentença, semelhante a tantas outras, mas humanizou–a, fez dela um exemplo paternal, de um pai que procura «iluminar» um filho. É precisamente de exemplos que também se faz esta edição d’O ALCOA. Sabemos que o Dia do Pai é todos os dias, mas a data é celebrada a 19 de março. Por isso, damos a conhecer algumas histórias de amor e de ligações entre filhos e pais, com uma reportagem sobre “filhos que «seguiram» as pisadas dos pais”; três histórias inspiradoras para ler com atenção. Mas há outras, como a entrevista do mês, em dose dupla, com o escultor alcobacense José Aurélio e a sua filha Maria Manuel Aurélio, do Armazém das Artes. Os maiores exemplos que um filho pode ter são os seus pais. Somos aquilo que nos dão e nos transmitem… Esperamos que seja sempre muito amor. Um amor presente em todas as etapas da vida.