Entrevista a Beatriz Vivar, aluna da Escola Secundária D. Inês de Castro e uma das melhores alunas do concelho de Alcobaça, com média final de 19.3, no Curso de Ciências e Tecnologias.

Leia agora a sua entrevista na íntegra.

Com que média terminaste o 12º ano? Ficaste satisfeita com os resultados?

Acabei o secundário com média de 19,33. Fiquei bastante satisfeita, apesar de não precisar de uma média  tão alta. Sempre foi um dos meus principais objetivos, conseguir uma média que me permitisse entrar em qualquer curso, para que não fosse a média a limitar a minha escolha. Por essa razão especialmente, não podia sentir-me mais concretizada. Nos exames tive dois 17,5, a Biologia e Português, 18 a Físico-Química e 19,5 a Matemática.

A que se deve o resultado atingido?

Acho que o resultado se deve essencialmente ao facto de estar numa área que adoro. Eu acredito que sou cientista da cabeça aos pés e isso é meio caminho andado. Para além disso, sou muito persistente e extremamente teimosa. Quando meto alguma coisa na cabeça, muito dificilmente desisto.

Que curso e que universidade pretendes ingressar? – Porquê esta opção?

Em setembro quero estudar Engenharia Biológica no Instituto Superior Técnico. O curso está muito direcionado para o trabalho de laboratório e a área de investigação, que é essencialmente aquilo que quero fazer no futuro. Por outro lado, o facto de ser uma engenharia, com toda a sua matemática e física, também teve um papel importante na decisão, uma vez que sempre foram algumas das minhas disciplinas preferidas.

Como foi a tua dedicação ou plano de estudos durante o 10, 11 e 12º anos?

Durante o secundário não posso dizer que tenha tido um plano ou método de estudos muito delineado. Essencialmente, a técnica foi sempre o não deixar acumular o trabalho e estar com a máxima atenção nas aulas, ou seja, tudo aquilo que já estamos fartos de ouvir os nossos pais e professores dizer. Mas por alguma razão é assim pois de facto, resulta!

Que objetivos tens para o futuro?

No futuro, quero sem dúvida seguir o ramo da investigação na área da biomedicina e possivelmente acabar os meus estudos no estrangeiro, embora queira mesmo trabalhar em Portugal. Toda a gente acredita que a investigação é uma área sem qualquer saída em Portugal, mas isto não é, de todo, verdade. Temos grandes centros e institutos onde, para mim, seria uma honra trabalhar.

Que mensagem/conselho queres deixar aos teus colegas ainda no secundário?

Basicamente, acho que o melhor conselho que posso dar é que façam por descobrir a vossa vocação, definam objetivos e lutem para os atingir. Na vida só conseguimos o que queremos com muito esforço e trabalho, e é importante que compreendam isso quanto antes. Não tenham medo de serem chamados de nerds e marrões, porque mais tarde ou mais cedo vão compreender que a vossa paixão (mesmo que seja a matemática ou a biologia como no meu caso!) vai trazer-vos as mais incríveis oportunidades.