PERFIL

Nome: Teresa Almeida
Data de nascimento: 21 de maio de 1992
Naturalidade: Vimeiro
Grau Académico: Licenciatura em Ciências do Desporto
Principais títulos conquistados em bodyboard: Campeã nacional sub-18, em 2010; vice-campeã europeia júnior, em 2011; tricampeã da Taça de Portugal de Bodyboard; vice-campeã nacional open, em 2013; vice-campeã europeia, em 2014 e campeã mundial em 2014.

A atleta de bodyboard, natural do Vimeiro, Teresa Almeida, aos 22 anos de idade já é vice-campeã europeia e campeã mundial. A’O ALCOA contou como conseguiu alcançar estes títulos, enumerando as provas em que participará este ano e revelando os seus planos para o futuro.

Esperava ser campeã do mundo?
Quando vou para um campeonato tenho sempre o sonho de o ganhar, apesar de às vezes saber que será difícil e não ser esse o objetivo. No entanto, é esse sonho que me dá a motivação para ir avançando e penso que, ao longo do campeonato, fui sentindo que o sonho se poderia tornar numa realidade.

Ser campeã do mundo é sinónimo de mais responsabilidade? Porquê?
Não sinto que seja sinónimo de mais responsabilidade, mas sei que tenho mais gente a olhar para mim e à espera que eu tire bons resultados.

Este título abriu mais portas, nomeadamente a nível de patrocínios?
Sim, foi uma boa ajuda para promover mais o bodyboard e a minha imagem como atleta perante os patrocinadores.

Quem são as suas referências a nível do Bodyboard?
A nível feminino, a Isabela Sousa; masculino, o Pierre Luís Costes.

Como é que surgiu a paixão por este desporto? A sua família sempre a apoiou?
Surgiu através do meu primo. Ele começou a praticar e eu quis experimentar também. A minha família, de início, penso que encararam como mais um desporto que eu ia fazer e depois me fartaria. Contudo, desde que comecei a competir sempre tive o apoio deles.

Alguma vez pensou em dedicar-se a outro desporto?
Não, nenhum outro desporto me fez pensar nisso.

Como era o seu dia-a-dia antes do título? E agora?
Antes do título, estava a estagiar numa escola a dar aulas de educação física, pelo que ia de manhã para a escola e à tarde surfar. Agora, estou dedicada apenas ao bodyboard. Os meus dias são em função das ondas e estou a treinar o máximo possível todos os dias.

É uma mulher no mundo da competição. Sente ou já sentiu algum tipo de preconceito?
Não sinto preconceito, até porque não sou uma pessoa que se importe muito com o que as pessoas criticam ou falam de mal.

Portugal está preparado para acolher e apoiar os seus campeões mundiais?
Penso que temos ótimas ondas que nos permitem treinar para sermos campeões mundiais. No entanto, penso que falta uma estrutura mais sólida no desporto. Uma base de apoio do Estado aos atletas, que lhes permita estarem apenas focados em treinar.

Que planos tem para o futuro?
Quero, nos próximos anos, dedicar-me exclusivamente ao bodyboard e lutar por muitos mais títulos.

Quais serão as próximas provas em que vai participar?
Aqui vai o calendário todo. A 1ª etapa do campeonato nacional será em março, na Caparica; a 2ª etapa, em junho, em Cascais; a 3ª etapa, em julho, em Santa Cruz; em agosto, a 4ª etapa, em Cortegaça e a 5ª etapa, em Ílhavo; a 6ª etapa, em setembro, nos Açores (a 5ª e a 6ª etapas decorrem a par do campeonato europeu); e a 7ª etapa, a par do campeonato mundial, em outubro, aqui na Nazaré. No campeonato europeu, a 1ª etapa será em abril, em França; a 2ª etapa, em agosto, em Ílhavo; a 3ª etapa, em setembro, nos Açores; em outubro, a 4ª etapa, na Madeira e a 5ª etapa em Marrocos. Quanto ao campeonato mundial: a 1ª etapa e a 2ª etapas serão em junho e em julho, no Brasil; a 3ª etapa, em julho, no Chile; a 4ª etapa, em agosto, no Brasil; a 5ª etapa e a 6ª etapa em setembro, em Sintra e na Nazaré; a 7ª etapa, em outubro, na Venezuela; a 8ª etapa, em outubro, de novo no Brasil; e a 9ª etapa, em novembro, em Porto Rico.