Nuno Rosa. “É algo que faço com gosto, tenho ligação à casa e amor à camisola”

Neuza Santos
Jornalista

Os contratos de associação, o congelamento do valor desses contratos, a evolução tecnológica do Externato Cooperativo da Benedita (ECB), o modelo de ensino e a forte ligação às empresas, bem como o envolvimento dos encarregados de educação na escola foram os temas abordados pelo diretor pedagógico Nuno Rosa a’O ALCOA

Como tem sido o percurso como diretor? Quais os maiores desafios?
Estou no cargo desde 1 de janeiro de 2014. Eu fui aluno do Externato Cooperativo da Benedita até 1987. Depois entrei na universidade e mal acabei tinha o problema do serviço militar por resolver, por isso vim à escola perguntar se podia dar aulas de matemática. Acabei por ficar, e mais tarde dei aulas de informática. Depois fiz a profissionalização a matemática. E desde essa altura estive sempre envolvido com cargos de alguma responsabilidade, ligados ao sistema informático. Gosto muito de ser professor, não foi minha intenção ser diretor, mas acabou por acontecer. É algo que faço com gosto, tenho ligação à casa e amor à camisola. Eu sinto que sou daqui e quero fazer tudo para que a escola seja o melhor possível.
O maior obstáculo foi em 2017. Quando foram colocados em causa os contratos de associação. Felizmente, nós conseguimos mostrar junto da tutela que não havia outra oferta na região e ultrapassámos esta fase. O mérito é repartido pela comunidade, pela Câmara Municipal de Alcobaça e Junta de Freguesia da Benedita. Foi uma altura em que se percebeu que era preciso lutar pela sua escola, porque não é um dado adquirido de que vai ficar para sempre. Nós somos realmente algo muito híbrido, prestamos serviço público, aceitamos todos os alunos desta comunidade.

Como caracteriza o ECB?
É uma escola muito especial, tem uma identidade própria. As pessoas, na altura do Projeto do Desenvolvimento Comunitário, perceberam que tinham de apostar na educação e surgiu a escola, em 1964, e tenho a certeza de que foi uma enorme mais-valia para a geração que antecedeu a minha. Aliás, o meu irmão mais velho não estudou, era muito difícil fazer o secundário, se não fosse em Alcobaça ou nas Caldas da Rainha, e nem todos tinham possibilidade de colocar os filhos a essa distância. Portanto, logo isso cria uma identidade própria à escola, que é muito ligada com as raízes profundas da comunidade da Benedita, Turquel e Vimeiro. Os projetos que oferece aos alunos são de formação integral. Isto é, pensar em ter bons estudantes e boas pessoas.

Quantos alunos tem?
A escola tem cerca de 960 alunos. Estamos numa fase de estabilização e com tendência de subida. Pensamos que há cerca de dois anos atingimos o ponto mais baixo. Tenho a informação de que nos 1.º e 2.º ciclos estão a aumentar o número de alunos, o que é um bom sinal.

Saiba mais na edição impressa e digital de 6 de abril de 2023.

Neuza Santos
Jornalista

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