“Um aumento significativo de pobreza envergonhada”. Esta é uma realidade com que Mafalda Catela, da Cáritas Paroquial de Alcobaça, se depara diariamente. São cada vez mais os pedidos de ajuda que chegam a esta instituição, que trabalha para a promoção e dinamização da ação social da igreja católica. Alimentação, roupa, medicamentos ou algum pagamento de emergência são algumas das necessidades a que acodem, mas há muitas outras que ficam por pedir. O que preocupa Mafalda Catela, conforme conta a’O ALCOA, pois “há cada vez mais situações em que temos de ir ter com as pessoas e mostrar que podemos ajudá-las”. E retrata-as: “famílias que recebem o ordenado mínimo, mas que não conseguem fazer face ao aumento das rendas de casa, água, eletricidade, gás, alimentação, medicação, entre outros”. Estas são situações que lhes chegam por terceiros, pois “uma pessoa que trabalha arduamente tem dificuldade em admitir que, apesar de todo o seu esforço, não consegue pagar todas as despesas”, evidencia a voluntária.
O aumento dos pedidos de ajuda, seja por penúria económica, ou por incapacidade de pagar as contas, acontece pelo atendimento de proximidade que a Cáritas Paroquial de Alcobaça proporciona, com a colaboração em rede de outras instituições locais, que, muitas vezes, sinalizam os casos. “Há ajudas regulares de pessoas que recebem alguns apoios sociais, essencialmente, alimentar, mas que não chegam para a sua subsistência, encontrando-se em situações de grande vulnerabilidade”. Mafalda Catela acrescenta ainda que “existe também algum pedido pontual e imediato, isto é, alguém que necessita de socorro em determinado momento, a que a instituição acode”, ma “é urgente resolver na raiz estas situações, dando-lhes respostas definitivas, o que muitas vezes demora”, concretiza a voluntária.
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