Alcobaça. Deputados comentam recusa da DGPC de 4.100 euros para restauro da imagem de São José

A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) tem recusado que a paróquia e população de Alcobaça paguem a conservação de imagens sagradas e de grande valor artístico. São exemplos disso a recusa recente de 4.100 euros para custear conservação da imagem de S. José, pelo técnico de restauro que é habitualmente contratado pelo Mosteiro de Alcobaça. Ou da imagem de S. Bernardo, retirada ao culto desde meados do século XX, em mau estado de conservação, e que a DGPC recusa que seja pago o restauro, mas impede o seu culto, mesmo quando a mesma foi deslocada para uma exposição organizada pela DGPC. Sem restauro à vista e sem deixar que sejam restauradas, a DGPC vai guardando as imagens em reserva, até que, segundo este organismo governamental, seja criado um museu no Mosteiro de Alcobaça. Museu de que se fala há várias décadas e que não tem data prevista de criação. O ALCOA pediu declarações aos deputados da Assembleia da República eleitos por Leiria (PS, PSD e Chega), bem como ao executivo camarário e às outras forças representadas na Assembleia Municipal de Alcobaça.

“A valorização e a preservação do nosso património cultural coletivo, bem como a salvaguarda da liberdade religiosa e de culto são valores fundamentais da política do Governo do PS e também dos deputados”, disseram a’O ALCOA os deputados do PS, eleitos pelo círculo eleitoral de Leiria para a Assembleia da República, Eurico Dias, Sara Velez, Salvador Formiga e Jorge Gabriel Martins. Para os deputados, “cabe à DGPC, na estreita defesa destes valores, garantir que as ações de conservação e restauro cumprem todas as garantias de segurança assegurando deste modo que nenhuma perda patrimonial possa ocorrer no decurso destas intervenções que têm, precisamente, o objetivo de preservação patrimonial”. Os deputados do partido com maioria parlamentar garantem “que, no âmbito das suas competências, não deixaremos de acompanhar este processo junto da Secretaria de Estado da Cultura e da DGPC no sentido de que, tão rápido quanto possível, estas peças possam voltar a estar disponíveis não só para sua fruição, bem como para possibilitar a seu uso para fins religiosos”.

Declarações em resposta às decisões da DGPC de não disponibilizar ao culto a imagem de S. Bernardo, fundador do Mosteiro de Alcobaça, ou a imagem de S. José, recusas justificadas pelo “mau estado de conservação” em que se encontram, apesar da paróquia ter por diversas vezes, mostrado formalmente disponibilidade para pagar esses restauros, sempre recusados. Recorde-se que situação semelhante se passou com o restauro do crucifixo, onde a paróquia pediu três vezes por escrito até que tivesse sido permitido que a Paróquia de Alcobaça pagasse a intervenção, pelo técnico que trabalha habitualmente para o mosteiro.

Foram igualmente contactados os deputados eleitos por Leiria para a Assembleia da República Paulo Mota Pinto e Hugo de Oliveira, pelo PSD, e Gabriel Mithá Ribeiro, pelo CHEGA, mas até à data de fecho de edição não obtivemos resposta.

Saiba mais na edição impressa e digital de 28 de abril de 2022.

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