“Estamos a par desta intervenção, que decorre de uma decisão por parte da Redes Energéticas Nacionais (REN), em terrenos sob a sua exclusiva gestão”, disse a’O ALCOA Hermínio Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, a propósito da contestação dos lesados das linhas de muita alta tensão. A contestação acontece sobre as linhas de muita alta tensão, que já existem há 50 anos e que estarão a ser «renovadas». Traçado que passa na zona Industrial da Benedita, junto ao IC2, Charneca do Casal Guerra, Casal do Carvalho, Charneca do Rio Seco e outras localidades do concelho de Alcobaça. “A substituição seria uma oportunidade de deslocar as linhas para a Serra dos Candeeiros, um a dois quilómetros a subir, sem casas”, nota a’O ALCOA Lino Henriques, um dos lesados. “A proximidade desta linha aérea, às habitações, as consequências dos campos eletromagnéticos na saúde humana, a poluição sonora e visual, de torres de 75 metros com margens de segurança de 45 metros para cada lado” são as principais preocupações. Inquietações justificadas com doenças. “Ao longo deste meio século, nas zonas onde passa a linha, deparámo-nos com casos de má formação, tumores no cérebro e isso fez soar os alarmes”, evidencia Lino Henriques. Os lesados das linhas de muita alta tensão reforçam que a infraestrutura representa uma “fonte de grande preocupação para os cidadãos, que residem naquelas terras e para os que ali desenvolvem a sua atividade profissional ou usufruem da paisagem e do património natural”. O movimento tem efetuado reuniões, sensibilizado a população e recolhido assinaturas, e dizem terem contactado a REN. No dia 13 de janeiro vão à Assembleia da República para se fazerem ouvir e para mostrar, que “não querem viver mais 50 anos debaixo daquele problema de saúde pública”.

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