Cerca de 30 docentes, da Escola Básica D. Pedro I, do Agrupamento de Escolas de Cister concentraram-se hoje, dia 14 de dezembro, à porta deste estabelecimento de ensino, onde são professores, para mostrarem o seu descontentamento com as políticas do Governo que prevê mudanças no modelo de concurso e colocação de docentes.
Conforme expressa a’O ALCOA Isabel Calado, professora de Inglês nesta escola, “temos vários motivos para estar a contestar e a fazer greve, nomeadamente as novas regras de concurso” e específica “como a criação de mapas Intermunicipais de professores e acabar com os quadros de escola e quadros de zona pedagógica havendo aqui uma mudança radical em tudo o que até agora acontecia”. A docente explica “sou professora há 24 anos e sou professora de quadro de zona pedagógica que vai deixar de existir, o que vai mexer diretamente comigo e com todos os outros que aqui estão”.
Outra das reivindicações dos professores, passa por continuar a lutar pela extinção das quotas para a progressão, e pela atribuição de todo o tempo, retirado ao longo destes anos, que foi congelado. “Cada vez mais sentimos que a nossa profissão não é valorizada e os professores estão desmotivados pela instabilidade que isto cria, não só nos nossos alunos, mas, também nas vidas pessoais e familiares”, acrescenta Isabel Calado.
Apesar de prejudicados por esta greve, os alunos mostram-se ao lado dos professores. “Compreendemos que não se sintam motivados e acreditamos que a estabilidade é necessária para um bom desempenho profissional”, disse a’O ALCOA Maria Ferreira, uma aluna desta escola.
Em greve desde sexta-feira, dia 9 de dezembro, e com esta ação de hoje, os professores irão avaliar outras medidas a tomar a seguir. Uma coisa é certa, até que o Governo pondere melhor a decisão que pretende tomar, prometem continuar a lutar pelos seus direitos.
(saiba mais na edição de 27 de dezembro)
