Às portas de uma nova Páscoa

P. Tiago Roque
Pároco de Alcobaça e Vestiaria

Aproxima-se a Páscoa a passos largos. Este tempo quaresmal reservou-nos vários momentos que nos ficam na memória e que nos ajudarão a viver o Tríduo Pascal com um renovado entusiasmo.
Cada um de nós pôs em prática os seus desafios de jejum, oração e esmola. A juventude do Patriarcado de Lisboa reuniu-se no passado sábado, dia 16 de março, em “Vigília da Misericórdia”, à mesma hora, em três pontos diferentes da Diocese. Um deles foi a nossa Igreja do Mosteiro de Alcobaça, que ficou especialmente embelezada com os cerca de trezentos jovens que nela se fizeram presentes. Para além da adoração do Santíssimo Sacramento e de sermos presenteados com as palavras de D. Joaquim Mendes, que nos convidou a beber da fonte que nos dá vida em abundância, o próprio Cristo, convidou-se, a todos, ao Sacramento da Reconciliação. Não há forma mais bela de entrar na Páscoa senão de mãos dadas com Deus. As nossas Paróquias foram acompanhando os Passos de Jesus na sua Paixão, através de cada Via Sacra. Algumas fizeram-no ainda pela procissão do Senhor dos Passos, a partir da qual nos vamos sentindo a reviver a primeira Sexta-feira Santa. No fundo, voltamos a ela sempre que a nossa vida nos confronta com uma nova Cruz. Sabemos que não a vivemos sós. Cristo carrega-a connosco. Maria, nossa Mãe, sente as nossas dores como se fossem as dela, numa perfeita empatia, e ampara-nos. A nossa convicção é de que a última palavra será sempre a de Deus. Uma palavra de amor e esperança.
Neste ano, ousa participar nos dias maiores do ano cristão. Na ceia do Senhor, que é o banquete que Ele ansiou por celebrar contigo. Na sua Paixão, que nos revela até onde pode chegar o amor de Deus por nós. Na Vigília Pascal, a mais esplêndida celebração do ano, em que se experimenta uma alegria sem par. Pois Jesus venceu a morte. E no Domingo de Páscoa, que nos abre as portas para os nossos tempos. Cristo vive para sempre e nós seguimos a sua voz. Não nos entendemos de outra forma. Não deixes passar a festa sem nela te fazeres participante. É a Páscoa de Jesus. Chegou a hora.

P. Tiago Roque
Pároco de Alcobaça e Vestiaria

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