Concelho. Associação e dadores convidam jovens a doarem sangue

Neuza Santos
Jornalista

Uma crescente preocupação com o envelhecimento dos dadores de sangue leva os mesmos e a Associação de Dadores Benévolos de Sangue do Concelho de Alcobaça a apelarem aos mais novos para contribuírem para esta causa humanitária. O ALCOA esteve à conversa com dois dadores de sangue do concelho: Paulo Mateus e Rui Pedro e com o presidente da associação, Rui Santos, para fazer um balanço a importância deste voluntariado, tão necessário à causa.
Da Cela, Paulo Mateus, de 62 anos, recorda que começou a “doar sangue desde a inspeção da tropa”, fá—lo por gosto, mas também porque se sente bem e porque traz “benefícios para todos”, sustenta. O seu tipo sanguíneo é “Rh negativo (Rh-), um sangue raro, que todos podem utilizar, eu é que não posso utilizar qualquer um. Por isso, todos os anos há falta”. O celense lembra que “se todos doassem sangue não havia tanta escassez”. Neste sentido, refere que é importante “os jovens começarem a contribuir para esta causa”, mas para isso é preciso haver “incentivos e convites”, como ele próprio afirma já ter feito. Paulo Mateus dá ainda o exemplo da escola como um “bom local, onde o assunto das dádivas pode ser abordado”. O dador também lamenta antigamente se poder doar “em qualquer hospital, a qualquer dia”, mas que agora “só em sítios e em locais específicos”, justificando haver dias “em que as pessoas não têm essa disponibilidade”, ajudando a contribuir para a escassez.
Foi aos 25 anos que Rui Santos deu sangue pela primeira vez. O motivo deve-se ao facto de que “quando as pessoas eram operadas, tinha de se doar sangue”. Um hábito que o maiorguense, de 59 anos, manteve até hoje. O dador defende que a contribuição da dádiva “faz parte da consciência de cada um” e assegura que “não custa nada, até porque é um ato cívico”, defendendo assim a velha máxima: “hoje pelos outros, amanhã por nós”. Simultaneamente, assume que é preciso “suprimir estas carências”, algo que tem a ver com a “sensibilidade das pessoas”, remata.


Saiba mais na edição impressa e digital de 6 de abril de 2023.

Neuza Santos
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