D. José Traquina. “Penso nas minhas raízes e não dispenso de usufruir do apoio que me oferecem”

Catarina Reis
Jornalista

Natural de Évora de Alcobaça, D. José Traquina é, desde 1 de julho de 2017, Bispo de Santarém. Uma Diocese onde tem “encontrado cristãos e cristãs de uma generosidade extrema pelo bem do próximo” sentindo enorme gratidão “pelos testemunhos de dedicação de muitos cristãos leigos”.
A missão enquanto Bispo de Santarém, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, mas também o caminho e os desafios da Igreja, a questão vocacional e as Jornadas Mundiais da Juventude, são alguns dos temas que partilha numa entrevista a’O ALCOA.

Que balanço faz da missão enquanto Bispo de Santarém?
É um desafio pastoral continuado no tempo com as limitações pessoais e os contra tempos como aconteceu com os dois anos da pandemia. No ano 2019 elaborámos um projeto para seis anos pastorais, com uma sequência de progressão até 2025, ano em que a Diocese de Santarém celebrará os cinquentenários da sua criação. Todos os anos temos a preocupação de assegurar às necessidades das comunidades cristãs, nomeadamente o acompanhamento pastoral de um padre. Tende a complicar-se pela diminuição de pessoas nas comunidades mais dispersas e pela redução do número de padres.
Vamos fazendo partilhas e avaliações no percurso anual para nos animarmos e corrigirmos, mas o balanço propriamente dito, temos de o fazer em 2025. Nessa altura concluímos um projeto pastoral e retomaremos outro. O que podemos registar é que em diversas comunidades tem crescido o sentido e gosto de participação nas decisões da vida das Paróquias e também da Diocese. Contamos ainda este ano pastoral promover alguns dinamismos de participação em organismos que não estavam a funcionar.

E enquanto presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana?
É a Comissão Episcopal com mais Serviços e Organismos pastorais a exigirem acompanhamento: Cáritas Portuguesa, Comissão Nacional Justiça e Paz, Pastoral da Saúde, Capelanias Hospitalares, Serviço Pastoral a Pessoas com Deficiência, Pastoral Penitenciária (Estabelecimentos prisionais), Pastoral dos Ciganos, Pastoral do Mar, Pastoral do Turismo, Migrações e Refugiados.

Esta Comissão merecia um bispo a tempo inteiro sem responsabilidades diocesanas. Não sendo possível, os cinco bispos que a Comissão tem fazem o que podem com a melhor vontade.
Da minha parte tenho acompanhado mais de perto a Cáritas Portuguesa e o Serviço Pastoral a Pessoas com Deficiência. Mas como presido à Comissão, também tenho marcado presença nas outras áreas.
Tem sido uma experiência riquíssima de humanidade. O desafio de maior preocupação é a missão da Cáritas Portuguesa e a Obra Católica das Migrações e os últimos tempos com a pandemia e com a guerra na Ucrânia têm obrigado a dedicação acrescida.

Saiba mais na edição impressa e digital de 23 de fevereiro de 2023.

Catarina Reis
Jornalista

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

PRIMEIRA PÁGINA

PUBLICIDADE

Publicidade-donativos

NOTÍCIAS RECENTES

AGENDA CULTURAL

No data was found