“Parem as armas, o terrorismo e a guerra não levam a nenhuma solução”. O apelo vem do Papa Francisco, que manifestou a sua dor pelo que está a ocorrer não só em Israel, mas em todos os lugares onde os homens se matam uns aos outros. “Haja paz em Israel e na Palestina!”, apelou o pontífice, após o Angelus do domingo, dia 8 de outubro. Fê-lo a pensar nas famílias das vítimas e por aqueles que vivem horas de terror e angústia, nos inocentes, que estão em países marcados pelo conflito, onde não há vitórias, pois a guerra é sempre uma derrota. Fazer o mal evocando um bem maior. Será isto que aprendemos ao longo da vida?
Nestes países onde decorrem os conflitos, mais recentemente em Israel e em Gaza, sem nos esquecermos da guerra da Ucrânia e da Rússia, há outra guerra a acontecer, a da desinformação. E é por isso que o jornalismo tem um papel importante. Arriscando, muitas vezes, a própria vida, os jornalistas, estão na guerra para informar e documentar os acontecimentos. Estamos tão habituados a vê-los que nem valorizamos esse papel, seja na televisão, na rádio ou nos jornais, e acreditem, muitos não auferem, (provavelmente a maioria) o que deveriam para o fazer. Sem reconhecimento ou medalhas, fazem-no por amor à profissão. Felizmente, não estamos em guerra, mas é também com paixão pelo que fazemos que, todas as quinzenas, procuramos chegar aos nossos assinantes e leitores. Nesta edição damos destaque aos seniores, dedicando-lhes um suplemento. Nele cabe a divulgação da Teia Social, um projeto que quer chegar próximo de quem necessita de apoio social e que, muitas vezes, nem sabe que precisa, nem como pedir. Uma ideia que aspira colmatar a falta de ajuda a pessoas com problemas e que as instituições públicas não conseguem acompanhar, nem responder em tempo real. Numa era em que a violência parece ter-se banalizado, sendo cada vez mais intensa e recorrente, é bom saber que existe quem se preocupe com o outro e se mova para o ajudar.
Rezemos pela paz!